Relato dos alunos da UNIP bolsistas do Programa Ciência sem Fronteiras
Os alunos da UNIP contemplados com bolsa de estudos no exterior pelo Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) relatam suas experiências internacionais.
A aluna Alexandra Lago Grazinoli, que está estudando na University of Adelaide (Austrália), relata: “Adelaide, a capital do Estado de South Australia, é uma cidade relativamente pequena, bastante calma, se comparada a Sydney, que é muito parecida com Brasília. Como foi projetada para as pessoas andarem a pé, há muitos parques ao redor do centro e muitas ciclovias; pode-se inclusive 'alugar' bicicletas públicas entre 8h e 17h para se pedalar na cidade, o que é bem legal e sem custos! O horário comercial é das 9h às 17h e tudo fecha mesmo, com exceção de alguns bares e restaurantes, que ficam abertos para o “happy hour”; depois das 23h praticamente tudo fica deserto. A faculdade é linda! A universidade é grande e tem campi em diversas partes da cidade. Minhas aulas são no campus da Grenfeld Street, um edifício comercial moderno, onde a instituição tem alguns andares. No campus principal fica a biblioteca central, muito frequentada por todos os alunos, e anexa a ela há um espaço chamado THE HUB, onde os alunos têm acesso a algumas facilidades, como cozinhas com microondas e fogões, pias, mesas, um refeitório, lanchonetes e restaurantes, cerca de 250 computadores, impressoras, scanners e xerox de graça (todos os alunos recebem em seus cartões de identidade um crédito de $ 36.00 por trimestre para as impressões). Minha rotina de estudos é bastante pesada: tenho aulas ora no turno da manhã (8h30-13h) e ora no turno da tarde (12h30 - 16h30), e nos horários 'livres' assisto a palestras que viram temas de relatórios ou testes, ou faço as atividades extraclasse, que são muitas, e cujos prazos são sempre corridos. Minha turma é composta basicamente por dezesseis chineses, eu e mais um brasileiro, o André.”
A aluna Bárbara Sampaio Dias Martins Mansano, que está estudando na Wright State University (EUA), descreve a sua experiência: “O ensino da Wright State University é um pouco diferente do ensino das universidades do Brasil. Aqui os professores lecionam menos horas/aula por matéria, porém isto é o suficiente para que eles passem todas as informações necessárias para os alunos. Os trabalhos e as tarefas feitos pelos estudantes são muitos e exigem muito tempo e dedicação, mas os docentes reconhecem o que eles conseguem fazer e aprender por si mesmos. Os professores são acolhedores e prestativos e estão sempre dispostos a ajudar tanto por e-mail quanto em sala de aula, ou fora dela. Estou aprendendo muita coisa neste semestre e tenho certeza de que voltarei para o Brasil com conhecimentos que ajudarão em minha vida profissional e acadêmica.”
A aluna Marcela da Paz Takami, que está estudando na University of Sidney (Austrália), relata: “Estou muito feliz com esta oportunidade de estudar em uma das maiores universidades do mundo. Ver a estrutura da faculdade e a sua organização, e fazer parte da sua história, tem sido uma experiência incrível. O sistema de ensino australiano é muito diferente do brasileiro: temos menos matérias, porém há muitas atividades, trabalhos e projetos para realizar, o que acaba consumindo bastante tempo e energia! O Programa Ciência sem Fronteiras está realmente abrindo muitas portas para os estudantes brasileiros, que agora têm a chance de estudar no exterior e vivenciar uma rotina e um sistema de educação totalmente diferentes do que temos no nosso país, expandindo assim nossos horizontes e as visões que temos do mundo e do futuro do Brasil.”
O aluno Vinicius Rodrigues Piva de Carvalho, que está estudando na Universidade de Lisboa (Portugal), descreve sua experiência: “Me surpreendendo com Portugal cada dia mais: minha estadia tem sido melhor do que eu esperava. Lisboa é uma cidade fantástica, não apenas pelo fato de ser turística, mas por agregar tecnologia e inovação, preservando sua história e sua cultura. A instituição na qual estou estudando – a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa – guarda uma formação artística e ao mesmo tempo prepara seus alunos de forma eficiente para o mercado de trabalho. Situa-se na Academia Nacional de Belas Artes e possui 175 anos de formação. Fui muito bem recebido. A cidade é um polo de estrangeiros, pois aqui na Europa é muito comum o intercâmbio de alunos, conhecido como Erasmus: isso auxilia muito em suas formações. A faculdade possui excelentes professores e todos são muito atenciosos. Os portugueses são muito receptivos. Não posso reclamar de nada até o momento e, inclusive, fui surpreendido com a qualidade do ensino e da infraestrutura oferecidos pela instituição. Ela permite ao aluno que selecione as matérias que deseja cursar (cada qual possuindo um respectivo valor em horas por semana) e monte sua grade de acordo com o que realmente deseja se especializar. Vim a princípio para cursar cadeiras do curso de Arte e Multimídia, mas acabei podendo selecionar assuntos que me interessavam do curso de Design de Comunicação, o que está sendo muito bom para mim. Concluo que está sendo uma experiência única de aprendizado acadêmico e cultural, e também de amadurecimento pessoal e profissional. O país passa, sim, por um momento delicado, mas mantém um nível educacional de excelência e qualidade.”