UNIP inaugura três laboratórios na área de Pós-Graduação
Um complexo laboratorial de Biologia Celular, Molecular e de Agentes Infecciosos foi recentemente inaugurado pela Vice-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Paulista - UNIP.
Na ocasião, além da vice-reitora da área, professora Marília Ancona-Lopez, do coordenador da Pós-Graduação
O sucesso da iniciativa deve-se, inicialmente, a um convite feito, em 2002, por Vicente Borelli, coordenador-geral do curso da Graduação de Medicina Veterinária, a Mário Mariano, para reestruturar a área de Pós-Graduação de Veterinária. De lá para cá, estudos realizados e dificuldades sanadas, os laboratórios estão à disposição de todos os pesquisadores da Saúde da Universidade Paulista, especialmente os oriundos do mestrado de Medicina Veterinária e os alunos da Iniciação Científica, que contarão com a infra-estrutura necessária para a execução dos trabalhos. Um quarto espaço (ainda não inaugurado) levará o nome de Laboratório de Estudos Toxicológicos e será agregado aos demais - todos anexos ao campus Indianópolis.
Como o próprio nome faz referência, no laboratório de Biologia Celular serão feitas as culturas de células, e, por ser estéril à ação de micróbios, o local garantirá a eficiência do experimento; no de Biologia Molecular serão feitas análises e extrações de DNA de microorganismos, com a finalidade de descobrir se são ou não patogênicos. 'É um laboratório próprio para análises mais refinadas, que estejam livres de qualquer tipo de contaminação que possam resultar em reações cruzadas ou resultados falsos', explica Lika Osugui, técnica responsável. Já o Laboratório de Agentes Infecciosos está pronto para identificar, isolar, realizar semeaduras e o próprio manuseio daquilo que causa infecção. Câmeras filmadoras registrarão todos os procedimentos em cabines de fluxo laminar - próprias para evitar a contaminação - e estufas de cultura bacteriológica e de esterilização darão conta do preparo dos materiais.
Segundo Mário Mariano, esses laboratórios nasceram da necessidade latente de reunir os pesquisadores em um único local. Para isso, o primeiro passo foi equipar a universidade; o segundo, angariar pesquisadores com uma linha de pesquisa determinada, com caráter experimental, exigências estas que levam à formação de estudiosos de nível compatível com os de universidades estrangeiras. 'Agora o aluno pode desenvolver sua pesquisa aqui mesmo, não haverá dispersão, e, mais adiante, a UNIP congregará uma atividade de pesquisa de ponta.'
Autoridades da área comungam da mesma tese. Rodrigo Costa Mattos, que, além de representar a Capes, é também vice-presidente do Colégio Brasileiro de Reprodução Animal, disse que o programa está no caminho certo, pois traz uma referência aos alunos. O diretor de Avaliação da Capes, Renato Janine, vai além e afirma que a importância de as universidades investirem no experimental - e não apenas naquilo que transmite um conhecimento existente - está no fato de que em boa parte dessas pesquisas superaram-se as distâncias que separam o Brasil dos países mais desenvolvidos. 'Considero importante o investimento laboratorial porque ele não só implica um custo financeiro mais alto, como também, de certa forma, sinaliza um compromisso forte assumido pela instituição', enfatiza.
De fato, tanto a estrutura dos laboratórios quanto o material humano que deles usufruirá são de primeira linha, o que remete à certeza de que daqui a alguns anos o terreno dará frutos que beneficiarão o maior alvo da ciência: seus usuários, evidenciando uma outra faceta da pesquisa que sai dos laboratórios de uma universidade, que é o trabalho de extensão. A vice-reitora Marília Ancona-Lopez define exatamente isso: 'Levamos muito a sério o tripé ensino-pesquisa-extensão. Esses laboratórios agregam as condições necessárias para que os nossos pesquisadores executem seus estudos, que daqui serão transmitidos para o Hospital Veterinário da UNIP, fazendo com que cumpramos, assim, nosso papel de transferência do conhecimento, nesse caso, para o atendimento aos animais'.
