Autor(a): Livia Roberta Piedade Camargo
Orientador(a): Ivana Barbosa Suffredini
Data da defesa: 26/02/2014
Resumo: O Brasil possui a maior diversidade biológica terrestre e a maior parte das espécies vegetais presentes na Amazônia e na Mata Atlântica não são conhecidas do ponto de vista farmacológico, biológico, toxicológico e químico. Por esse motivo, programas de triagem em grande escala de extratos vegetais obtidos de plantas brasileiras têm sido implementados, entre eles, o do Núcleo de Pesquisas em Biodiversidade da UNIP, em função da necessidade de se introduzir novos agentes antibacterianos no mercado, em particular que possam ser utilizados em medicamentos de uso veterinário. Dos diversos micro-organismos constantemente estudados, encontra-se Escherichia coli, que se destaca por se tratar de uma bactéria Gram negativa cotidianamente presente na maioria dos animais de sangue quente, incluindo humanos, animais de companhia e de produção, por fazer parte de sua microbiota intestinal. Por consequência, algumas cepas patogênicas têm gerado preocupação na saúde pública e na produção animal, gerando prejuízos econômicos na suinocultura, avicultura e pecuária. O primeiro manuscrito apresentado neste trabalho oferece uma visão geral do impacto de E. coli em animais de produção e traz à luz a iminente importância dos produtos naturais como alternativa terapêutica.
Considerando os fatos expostos nesse estudo, fica evidente a importância de se pesquisar novos antibióticos; por isso, o segundo manuscrito, aprovado para ser publicado no jornal “Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia” (Qualis A2) e financiado pela FAPESP (2010/09694-7), relata a triagem de mais de 1.700 extratos vegetais orgânicos e aquosos da Extratoteca UNIP contra uma cepa de E. coli.
O último manuscrito apresentado neste trabalho relata o estudo químico biodirecionado de um dos quatro extratos selecionados, cujos resultados encontram-se no segundo manuscrito.
Palavras-chave: Escherichia coli; plantas brasileiras; antibacteriano.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Toxicologia do sistema nervoso central.
Autor(a): Vinicius Soriano Coelho
Orientador(a): José Guilherme Xavier
Data da defesa: 26/02/2014
Resumo: As neoplasias mamárias estão entre os tumores mais frequentes em cadelas adultas não castradas. Os processos malignos representam mais de 50% dos casos, sendo comum a metastatização para linfonodos, pulmões, fígado, rins, e menos usual, ossos. Na patologia mamária humana a imuno-histoquímica é empregada rotineiramente com fins diagnósticos, prognósticos e preditivos. O objetivo deste estudo foi o de comparar a imunomarcação de cortes histológicos com a técnica convencional de coloração tecidual para a detecção de micrometástases nodais em cães com carcinoma mamário. Uma série de 51 linfonodos provenientes de 47 cães com carcinomas foi avaliada por meio de cortes corados com hematoxilina e eosina e imunomarcados com pan-ceratina. Com o procedimento imuno-histoquímico detectou-se micrometástases em 6,8% dos casos previamente negativos pela hematoxilina-eosina. Este estudo evidenciou a contribuição da avaliação imuno-histoquímica na detecção de metástases em linfonodos de cães.
Palavras-chave: Cão; Imuno-histoquímica; Linfonodos; Micrometástases; Tumor de Mama.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Biologia da Diferenciação e Transformação Celular: Modulação por Fatores Endógenos e Exógenos.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Biologia da diferenciação e transformação celulares: modulação por fatores endógenos e exógenos.
Autor(a): Sinária Rejany Nogaia de Sousa
Orientador(a): Ivana Barbosa Suffredini
Data da defesa: 26/06/2014
Resumo: Óleos essenciais são reconhecidos como agentes antibacterianos, medicinais e odoríferos. Plantas que contêm essências são amplamente utilizadas nas indústrias de alimentos, bebidas, medicamentos e cosméticos, e por esse motivo, a produção de compostos voláteis é constante, por conta do desenvolvimento agronômico dedicado às espécies produtoras. No entanto, plantas selvagens não produzem compostos voláteis de modo distintamente constante. No presente trabalho, 13 óleos essenciais obtidos de folhas de ucuuba-amarela (Oenocarpus platyspermum, Myristicaceae), coletadas de um mesmo indivíduo durante dois anos, foram testados contra Staphylococcus aureus no modelo da microdiluição em caldo para se obter a concentração inibitória mínima (CIM); os óleos foram estudados quanto à composição química por cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas. Não foi possível se estabelecer uma relação entre as alterações químicas sazonais e os resultados antibacterianos obtidos, mas óleos alcançados em três coletas apresentaram CIM=0.0625% e a presença de alfa-pineno, beta-pineno, 1,8-cineol, pinocarvona, canfeno, limoneno, alfa-terpineol, beta-elemeno, gama-elemeno, mirceno, linalool, trans-cariofileno, iso caryophyllen, neo-intermedeol, elemol, alfa-cadinol, tau-muurulol, 1-epi-cubenol, delta-amorfeno, espatulenol, isoespatulenol, viridiflorol e ledol. O coeficiente de variação desses terpenos é menor que 68%, e existe uma tendência de que os terpenos da família do alfa-pineno ocorram em maior concentração nos óleos que apresentaram a melhor atividade antibacteriana, embora diferenças estatísticas não tenham sido observadas (p>0.05). Este é o primeiro trabalho sobre a atividade antibacteriana e sobre a composição química dos óleos essenciais de ucuuba-amarela, uma planta selvagem coletada na floresta amazônica, e conduz à reflexão sobre como essa espécie expressa de modo impreciso, porém eficaz, seus componentes antibacterianos.
Palavras-chave: Óleos Essenciais; Osteophloeum platyspermum; Análise Química; Variação Sazonal.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Toxicologia do sistema nervoso central.
Autor(a): Carla Renata Serantoni Moyses
Orientador(a): Maria Anete Lallo
Data da defesa: 04/12/2014
Resumo: Parasitic infections of fish are common and often debilitating the host, but multiple and simultaneous parasitism is rarely found. Its occurrence is usually associated with environmental and management issues. In this study, we describe the prevalence of multiple and concurrent parasitic infections in goldfish (Carassius auratus) raised in fish farms. Fish with skin damage (nodules and ulceration) were subjected to necropsy and examinations with fresh scraped of skin and gills, histopathological examination with HE and Giemsa stain, ultrastructural study by transmission and scanning electron microscopy. We identified in the skin the multiple parasitic infection by Gyrodactylidae, Epystilis sp., Vorticella sp., Trichodina sp., Ichthyophthirius multifilis, Tetrahymena sp. and Ichthyobodo necatrix associated with epithelial cell hyperplasia and epidermal sloughing. Although no gross lesions were observed in the gills, we identify a large number of parasites (Gyrodactylidae, Piscinoodinium sp., Ichthyophthirius multifilis, Vorticella sp. and Trichodina sp.) and microscopic lesions such as epithelial hypertrophy and hyperplasia, fusion of secondary lamellae, leukocyte infiltration, epithelial cells detachment, resulting in respiratory distress. In conclusion, multiple and simultaneous parasitism was very prevalent in goldfish with skin lesions, usually associated with ciliates and flagellate protozoan and it was associated with adverse environmental conditions and inadequate management.
Palavras-chave: Carassius Auratus; Ciliates Parasites; Fish Ectoparasites; Goldfish; Protozoan.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Patogenia das Enfermidades Infecciosas e Parasitárias.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Clininfec - Clínica e doenças infecciosas veterinárias.
Autor(a): Thayná Neves Cardoso
Orientador(a): Leoni Villano Bonamin
Data da defesa: 18/12/2014
Resumo: A qualidade de vida do paciente oncológico está em grande parte relacionada com a atividade do sistema imunológico. Relatos clínicos mostram a melhoria na qualidade de vida de pacientes terminais tratados com o medicamento homeopático carbo animalis, contudo, a literatura sobre esse tema é rara. O objetivo deste trabalho foi propor um modelo experimental para o estudo dos possíveis efeitos do carbo animalis na resposta imune a um carcinoma altamente maligno, bem como seu impacto no estado geral dos animais doentes. Camundongos machos Balb/c foram inoculados com tumor ascítico de Ehrlich e tratados com carbo animalis 6cH ou 6cH/30cH (associação de potências). O grupo controle foi tratado com o mesmo veículo sucussionado. Parâmetros clínicos foram analisados diariamente, pela observação de pele, pelos, locomoção, estado geral, temperatura, consumo de água, ração e peso de cada indivíduo. A sobrevida e a resposta imune local (peritoneal) também foram avaliados. Linfócitos T, B1 e B2, NK e fagócitos foram identificados e quantificados por imunocitoquímica e citometria de fluxo. Os animais tratados com carbo animalis 6cH/30cH apresentaram aumento na incidência de sinais clínicos em relação aos demais grupos. Quanto ao balanço da resposta imune local, no grupo tratado com carbo animalis 6cH houve aumento na proporção de células T CD25+ em relação às células T totais, diminuição na razão entre células CD19+/CD19-, bem como aumento na razão entre células B1/B2. Os animais tratados com carbo animalis 6cH/30cH, por sua vez, apresentaram aumento no número de células CD3+ e células NK aderidas às células tumorais e aumento na razão entre células CD19+/CD19-. Embora o significado clínico destes resultados ainda esteja sob discussão, este trabalho preliminar estabelece um protocolo experimental útil para o estudo dos mecanismos imunológicos deste e de outros medicamentos homeopáticos utilizados na terapia do câncer.
Palavras-chave: Tumor Ascítico de Ehrlich; Altas Diluições; Homeopatia; Carbo Animalis; Imunologia dos Tumores; Oncologia Experimental.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Modelos Experimentais em Patologia e Toxicologia.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Toxicologia do sistema nervoso central.
Autor(a): Edilaine Sudre Marcelino do Nascimento
Orientador(a): Elizabeth Cristina Perez Hurtado
Data da defesa: 19/12/2014
Resumo: O câncer é compreendido como um microambiente em que as interações entre os elementos celulares e moleculares que o compõem são determinantes na progressão tumoral. Interações entre o tumor e as células não malignas presentes nesse microambiente podem promover tanto a eliminação como a progressão e metastatização das células cancerosas para locais distantes. Embora diversos trabalhos tenham mostrado presença de macrófagos, linfócitos T e B no microambiente tumoral, pouco é conhecido em relação à cinética de migração destas células ao local onde o tumor se desenvolve. Assim, o intuito do presente trabalho foi verificar a cinética de migração de linfócitos T, B e macrófagos no modelo de adenocarcinoma mamário para contribuir na compreensão dos mecanismos envolvidos durante o crescimento e metastatização de tumores com alto potencial maligno. Para isto, animais fêmeos da linhagem BALB/c foram injetados ou não subcutaneamente com PBS ou com células de adenocarcinoma mamário 4T1. Após 2, 7, 14 e 30 dias da injeção, os animais foram eutanasiados e células do lavado peritoneal, baço, linfonodo e local de injeção foram coletadas e submetidas a análises de citometria de fluxo para expressão de CD45, CD19, CD23, CD5, CD11b, CD4. Resultados obtidos mostraram um aumento da população de células B-1 no sítio do tumor e diminuição das mesmas na cavidade peritoneal após 2 dias de inoculação do tumor.
Palavras-chave: Metástases; Adenocarcinoma Mamário; Células B-1.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Biologia da Diferenciação e Transformação Celular: Modulação por Fatores Endógenos e Exógenos.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Biologia da diferenciação e transformação celulares: modulação por fatores endógenos e exógenos.
Autor(a): Jose Renildo de Carvalho
Orientador(a): Elizabeth Cristina Pérez Hurtado
Data da defesa: 19/12/2014
Resumo: Recentes estudos têm demonstrado que no microambiente no qual o tumor se desenvolve há uma conversa dinâmica entre o tumor e as células do sistema imune que pode tanto favorecer como inibir o crescimento do tumor e/ou a formação de metástases. Entretanto, pouco se conhece sobre a cinética de migração dessas células ao local onde o tumor se desenvolve. Assim, o intuito do presente trabalho foi verificar a cinética de migração de linfócitos T, B e macrófagos de órgãos linfoides e peritônio para o local de desenvolvimento do melanoma murino. Para isto, camundongos da linhagem C57BL/6 foram injetados ou não (grupo controle) subcutaneamente com PBS (grupo PBS) ou com células de melanoma murino B16F10 (grupo experimental). Após 2, 7, 14 e 21 dias da injeção, os animais foram eutanasiados e células do lavado peritoneal, baço, linfonodo e local de injeção foram coletadas e submetidas a análises de citometria de fluxo para avaliar a expressão de CD45, CD19, CD23, CD11b e CD4. Resultados obtidos dessas análises mostram migração de várias populações celulares em todos os grupos analisados nos primeiros dias após implantação do tumor. Interessantemente, o grupo experimental, quando comparado com os grupos controle e PBS, apresenta aumento da população de células B-1 no sítio do tumor após 2, 14 e 21 dias e diminuição dessa população no peritônio após 21 dias. Em conjunto, estes resultados, ainda inéditos, sugerem que células B-1 migram da cavidade peritoneal para o sítio do tumor onde provavelmente interagem fisicamente com células de melanoma favorecendo o crescimento e a metastatização destas células tumorais.
Palavras-chave: Microambiente de Melanoma; Células B-1; Células B-2; Macrófagos.
Área de Concentração: Patologia Ambiental e Experimental.
Linha de Pesquisa: Biologia da Diferenciação Celular: Modulação por Fatores Endógenos e Exógenos.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Biologia da diferenciação e transformação celulares: modulação por fatores endógenos e exógenos.