Autor(a): Helder Massaro
Orientador(a): Adriano Fonseca de Lima
Data da defesa: 19/02/2019
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a citotoxicidade de adesivos solvatados e não solvatados com diferentes concentrações de 2-hidroxietil-metacrilato (HEMA) sobre células da polpa dental humana. Para este fim, células foram isoladas da polpa dental de terceiros molares humanos hígidos. Sistemas adesivos experimentais, contendo ou não solvente (etanol 10%), foram manipulados com diferentes concentrações de HEMA (0%; 10%; 20%). As células pulpares foram semeadas em placas de 6 poços e incubadas em estufa a 37°C e 5% CO2. Corpos-de-prova cilíndricos (5 mm de diâmetro, 1 mm de espessura) foram confeccionados e mantidos em contato com meio de cultura por 24 h. Após isso, o extrato obtido (meio de cultura + produtos liberados pelo sistema adesivo) foi aplicado sobre as células e mantido por um período de 6 h. Decorrido este período, o extrato foi removido, novo meio aplicado e após períodos de 12 e 24 h foi realizada a análise da viabilidade celular, utilizando o reagente metiltetrazolium (MTT) e a analisada a liberação de citocinas pelas células. Os dados foram analisados estatisticamente pela Análise de Variância a um critério (α=0,05). Adesivos contendo HEMA tiveram toxicidade maior do que aqueles sem o monômero. No entanto, os adesivos contendo solvente reduziram significativamente a viabilidade das células pulpares nos dois períodos avaliados. A exposição aos adesivos aumentou a liberação de IL-6, IL-10 e TNF-α. Pode-se concluir que os adesivos experimentais simplificados avaliados que continham solvente foram mais tóxicos às células pulpares, e que a exposição aos agentes testados pode modular a liberação de citocinas inflamatórias por estas células.
Palavras-chave: Citotoxicidade; Citocinas; Inflamação.
Área de Concentração: Clínica Odontológica – Biomateriais.
Linha de Pesquisa: Prevenção e tratamento das doenças do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Aplicabilidade dos materiais odontológicos.
Autor(a): Vanessa Haguihara Luchesi
Orientador(a): Suzana Peres Pimentel
Data da defesa: 21/03/2019
Resumo: Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito da aplicação única de terapia fotodinâmica (PDT) no tratamento de bolsas residuais em dentes unirradiculares de pacientes com Periodontite Agressiva Generalizada (PAG). Um ensaio clínico controlado duplo-cego, randomizado e boca dividida foi conduzido em indivíduos com PAG em terapia periodontal de suporte que apresentassem pelo menos quatro bolsas residuais, uma em cada arco [profundidade da bolsa de sondagem (PS) ≥ 5 mm com sangramento à sondagem (SS)] em dentes unirradiculares. Os sítios selecionados foram designados para receber: (1) PDT - terapia fotodinâmica, (2) RAR + PDT – raspagem e alisamento radicular + PDT, (3) RAR e (4) TC – terapia cirúrgica. Os parâmetros clínicos, microbiológicos e imunoinflamatórios foram avaliados no início do estudo (baseline) 3, 6 e 12 meses após as terapias. Os parâmetros clínicos melhoraram significativamente após todas as terapias (p <0,05), exceto a TC, que não reduziu o NICR (p <0,05) e apresentou maiores valores de PMG ao longo do tempo, comparado ao baseline (p <0,05). A TC apresentou maior NICR que a RAR no tempo de 3 meses (p> 0,05). As análises microbiológicas não demonstraram diferenças entre os grupos (p> 0,05). PDT (como monoterapia ou associada a RAR) modulou positivamente os níveis de IL-10 aos 6 meses de acompanhamento em comparação com o grupo RAR (p <0,05). A associação de PDT e RAR também aumentou os níveis de IL-4 no período de 12 meses em comparação com PDT isolada e RAR (p <0,05). Além disso, a PDT reduziu os níveis de TNF-α e IL-6 aos 12 meses em comparação com a TC (p <0,05). Pode-se concluir que a PDT, como monoterapia ou adjuvante ao debridamento mecânico, não demonstrou benefícios clínicos adicionais para bolsas residuais em dentes unirradiculares de pacientes com PAG. No entanto, a PDT como monoterapia pode ser empregada como uma abordagem terapêutica alternativa e não invasiva para o tratamento de bolsas residuais em pacientes com PAG, com efeito modulador em importantes níveis de citocinas. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.
Palavras-chave: Citotoxicidade; Citocinas; Inflamação.
Área de Concentração: Clínica Odontológica – Periodontia.
Linha de Pesquisa: Prevenção e tratamento das doenças do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Esquemas terapêuticos e curativos propostos e preconizados no tratamento das doenças bucais.
Autor(a): Arthur Georg Schmidt
Orientador(a): Denise Carleto Andia
Data da defesa: 20/08/2019
Resumo: Anteriormente, nós caracterizávamos células do ligamento periodontal (PDLCs) com capacidades distintas para desenvolverem fenótipos osteogênicos, apresentando alta e baixa capacidade para produzir nódulos minerais in vitro. Aqui, nosso objetivo foi determinar se a capacidade de PDLCs em produzir nódulos minerais mantém qualquer relação com marcas epigenéticas e alterações nos perfis de transcritos e proteínas. As PDLCs foram pré-tratadas com um modulador epigenético (RG108) por 3 dias antes da indução à diferenciação osteogênica. As células foram então coletadas após 3 dias de diferenciação osteogênica in vitro (osteogênese inicial) e os seguintes parâmetros foram avaliados: viabilidade celular, apoptose, capacidade de produzir nódulos minerais, (hidroxi)metilação do DNA, níveis proteicos e de transcritos de marcadores epigenéticos, de multipotencialidade e osteogênicos em ambos os fenótipos: alto (h-PDLCs) e baixo (l-PDLCs) potencial osteogênico. h-PDLCs e l-PDLCs mostraram perfis epigenéticos e transcricionais distintos em níveis basais e após osteogênese inicial ou pré-tratamentos. Após 21 dias de biomineralização, o RG108 demonstrou um aumento significativo na capacidade de produzir nódulos minerais in vitro, em comparação com PDLCs induzidas apenas à osteogênese. DMSO (o veículo de RG108) também induziu o fenótipo osteogênico. Além disso, o RG108 regulou positivamente as translocações de NANOG e OCT4 para o núcleo e modulou os transcritos de marcadores osteoblásticos em l-PDLCs. O RUNX2 foi regulado epigeneticamente em resposta ao RG108, o que culminou em alterações detectáveis na sua transcrição, aumentando os níveis de proteína no interior do núcleo. Curiosamente, o DMSO também modulou o RUNX2 e, inversamente, regulou negativamente NANOG e OCT4 para o interior do núcleo, em l-PDLCs. Concluindo-se, foi demonstrado que a osteogênese pode ser aumentada por agentes epigenéticos em PDLCs com baixa capacidade de produzir nódulos minerais in vitro. Essas descobertas lançam luz sobre o potencial uso de abordagens epigenéticas para modular a biomineralização de maneira previsível.
Palavras-chave: Epigenética; Células mesenquimais estromais; Multipotencialidade; RG108; Dimetil sulfóxido.
Área de Concentração: Clínica Odontológica – Periodontia.
Linha de Pesquisa: Estudos dos mecanismos relacionados à ocorrência das condições do sistema estomatognático.
Autor(a): Marcelo Ribeiro Bergamini
Orientador(a): Cintia Helena Coury Saraceni
Data da defesa: 27/08/2019
Resumo: A duloxetina é uma droga antidepressiva que atua como inibidora de recaptação de serotonina e noradrenalina e que tem sido indicada para o tratamento de dores crônicas. A hipótese desse estudo é que o uso dessa droga em baixa dose poderia contribuir para a diminuição da resposta nociceptiva relacionada à hipersensibilidade dentinária, doença altamente prevalente na clínica odontológica. O objetivo do estudo foi avaliar a ação da duloxetina em ratos com hipersensibilidade dentária, submetidos a comportamento depressivo. Método: 40 ratos machos adultos foram divididos em 5 grupos (ntotal = 40/ ngrupo= 8). Durante 30 dias, os animais dos grupos E (erosão) receberam solução isotônica (GatoradeR - pH=2,7) ad libitum para induzir erosão e hipersensibilidade dentinária (HD). Os demais receberam água (W). Os animais dos grupos D (depressão) foram induzidos à depressão por meio do modelo de Estresse Crônico Moderado Imprevisível (ECMI). Divisão de Grupos: W= Água; E=Erosão; D = depressão; DDu= depressão + duloxetina; EDDu = erosão + depressão + duloxetina. A Duloxetina (Du) foi administrada na dose de 5 mg/kg, via gavagem, durante os 30 dias. O peso corporal foi medido semanalmente. Após 30 dias, foram realizados em todos os animais: teste de HD; teste de campo aberto; teste de transição claro / escuro e teste de natação forçada. Após eutanásia, as mandíbulas foram coletadas para análise da superfície dentária dos molares em microscopia eletrônica de varredura (MEV). Resultados: os animais do grupo EDDu apresentaram menores escores de HD comparados aos do grupo E; o teste de campo aberto não mostrou comportamento ansioso; o teste de natação forçada comprovou o estado depressivo dos animais do grupo D, Deu e EDDu. Conclusões: nossos resultados mostram que o tratamento com duloxetina foi capaz de reduzir a resposta nociceptiva relativa à HD, mas não atuou no comportamento depressivo.
Palavras-chave: Hipersensibilidade dentinária; Depressão; Antidepressivo; Resposta nociceptiva.
Área de Concentração: Clínica Odontológica – Dentística.
Linha de Pesquisa: Estudos dos mecanismos relacionados à ocorrência das condições do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Esquemas Terapêuticos e Curativos Propostos e Preconizados no tratamento das Doenças Bucais.
Autor(a): Fátima Cristina Carneiro Marques
Orientador(a): Ivana Barbosa Suffredini
Data da defesa: 28/08/2019
Resumo: O objetivo desse trabalho foi avaliar a percepção da qualidade de vida de idosos institucionalizados da clínica ‘A Mão Branca’ e não institucionalizados da Clínica de Odontologia da Universidade Paulista – UNIP, comparados a índices odontológicos. Foram avaliados idosos dos sexos feminino e masculino, com idade igual ou superior a 60 anos. Foram realizadas medidas antropométricas, cardíacas, análise do volume salivar, cortisol salivar e halitose. Foram aplicados os questionários relativos à Saúde Oral Geriátrica (GOHAI) e SF-36, relativo à qualidade de vida. Os dados obtidos foram administrados pela plataforma REDCap e as estatísticas foram feitas no GraphPad Prism 7.0. Foram usados o Teste T e o de Mann-Whitney para a realização das análises estatísticas (a<0,05). Os participantes do grupo CLIN apresentaram concentração maior de cortisol salivar (t=2,745; df=48; p<0,0088) e menor quantidade de saliva (M-W=92,5, p<0,0001) do que os participantes do grupo MB. Não foram encontradas diferenças significantes na halitose entre os dois grupos. Não foram observadas diferenças estatísticas significantes nos domínios do questionário GOHAI. Em termos de qualidade de vida, observou-se que o grupo CLIN percebe maior capacidade funcional (M-W=156,5; p=0,0020) do que o grupo MB, bem como maior limitação física (M-W= 164; p=0,0022). Os outros aspectos relacionados aos domínios da saúde física, como dor, estado geral e vitalidade, permaneceram iguais entre os dois grupos (p>0,05). Mesmo assim, de modo global, os participantes do grupo CLIN apresentaram melhor autopercepção de saúde física em relação aos do grupo MB (M-W=189; p=0,0162). Em termos dos parâmetros relacionados à saúde mental, como aspectos sociais e emocionais, ambos apresentaram a mesma percepção (p>0,05). Apesar dos cuidados intensos oferecidos pela instituição, a autopercepção de qualidade de vida, no aspecto físico, é mais acentuada nos participantes não institucionalizados.
Palavras-chave: Qualidade de vida; Índice GOHAI; SF-36; Saliva; Cortisol; Halitose; Prótese dentária.
Área de Concentração: Clínica Odontológica – Diagnóstico Bucal – Semiologia.
Linha de Pesquisa: Estudos dos mecanismos relacionados à ocorrência das condições do sistema estomatognático.
Autor(a): Bruna Ghiraldini
Orientador(a): Fernanda Vieira Ribeiro
Data da defesa: 29/08/2019
Resumo: O Diabetes mellitus (DM) é um fator que afeta as taxas de complicações do implante como a peri-implantite e perda óssea peri-implantar. A plataforma dos implantes e sua posição afetam o comportamento dos tecidos peri-implantares. No entanto, a influência desses fatores nos pacientes diabéticos tipo 2 (DM2) não é clara. Este estudo controlado randomizado de boca dividida avaliou duas abordagens diferentes em DM2 reabilitados com overdentures nos resultados clínicos, tomográficos e imunoinflamatórios peri-implantares. Vinte e dois pacientes DM2 desdentados mandibulares com indicação para terapia com implantes foram selecionados e cada paciente recebeu 2 implantes dentários (grupo teste: implante cone morse instalado infraósseo com intermediário de diâmetro inferior à plataforma do implante e grupo controle: implante hexágono externo instalado no nível ósseo com intermediário de diâmetro igual à plataforma). Avaliações clínicas, imunoenzimáticas e tomográficas foram realizadas na instalação da prótese (baseline) e 12 e 24 meses após o carregamento do implante. Menor profundidade de sondagem (PS) e nível de inserção clínico (NIC) foram detectados no grupo teste quando comparados ao grupo controle no baseline, 12 e 24 meses (p <0,05). Os implantes teste demonstraram menores níveis de IFN-γ, IL-17, IL-33, IL-21, IL-23, IL-6 e TNF-α aos 24 meses quando comparados ao grupo controle (p <0,05). O grupo controle apresentou maior reabsorção óssea desde o baseline até 12 e 24 meses quando comparados aos implantes de teste (p <0,05). Além disso, nos implantes controle, observou-se perda óssea adicional de 0 a 12 meses quando comparado a 0 a 24 meses (p <0,05), enquanto os implantes de teste não mostraram alterações significantes anualmente durante o estudo (p> 0,05). Por fim, o uso de implante com conexão cônica, instalado abaixo do nível crista óssea, associado ao uso de intermediário protético de diâmetro inferior ao da plataforma do implante, em indivíduos com DM2, reabilitados com overdentures, mostraram menor perda óssea e melhor avaliação dos parâmetros clínicos, modulando positivamente os marcadores imunoinflamatórios.
Palavras-chave: Diabetes mellitus; Implantes dentários; Marcadores biológicos.
Área de Concentração: Clínica Odontológica – Periodontia.
Linha de Pesquisa: Estudos dos mecanismos relacionados à ocorrência das condições do sistema estomatognático.