Autor(a): Giovana Lecio Miranda
Orientador(a): Renato Corrêa Viana Casarin
Data da defesa: 19/01/2015
Resumo: Indivíduos diabéticos representam uma população com alta prevalência de periodontite crônica. Além disso, esses indivíduos apresentam pior resposta ao tratamento periodontal, sendo o uso de terapias adjuvantes uma possibilidade para aumentar a previsibilidade do tratamento periodontal. Dentre essas possibilidades, o uso de antimicrobianos locais apresenta-se como uma alternativa segura e que pode auxiliar no controle do biofilme subgengival, em especial quando apresentados na forma de compostos de liberação lenta. Assim, este estudo avaliou os resultados clínicos e imunológicos do uso de nanoesferas de Poly (l-lactide-co-glycolide) (PLGA) contendo doxiciclina 2% no tratamento de pacientes diabéticos tipo 2 (DM-2) com periodontite crônica (PC). Métodos: foi realizado um estudo paralelo, duplo-cego, placebo controlado e randomizado em 40 indivíduos com DM-2 e PC que apresentassem pelo menos 8 sítios em dentes unirradiculares com profundidade à sondagem (PS) > 5 mm e sangramento (SS). Todos os pacientes receberam debridamento ultrassônico de boca toda (DUBT), durante 45 minutos, e foram aleatoriamente divididos nos seguintes grupos: Grupo PLGA+Placebo [PLGA+Plac (n = 20)] – aplicação local PLGA+Plac nos sítios selecionados; 2) Grupo PLGA+Doxiciclina [PLGA+Doxi (n = 20)] – aplicação de PLGA+Doxi nas bolsas periodontais selecionadas. Avaliações clínicas e imunológicas foram realizadas no baseline, 1, 3 e 6 meses. Resultados: ambos os grupos apresentaram redução do SS e PS em 1, 3 e 6 meses comparado com o baseline (p<0,05). O grupo PLGA+Doxi demonstrou diferença estatística com o baseline em todos períodos de reavaliação para ganho de NIC, enquanto o PLGA+Plac obteve este resultado aos 3 e 6 meses (p<0,05). A análise intergrupo demonstrou que PLGA+Doxi apresentou maior diminuição no SS aos 6 meses (p<0,05). Com relação a bolsas profundas, PLGA+Doxi demonstrou redução significativa de SS aos 3 e 6 meses, diminuição da PS aos 3 meses e ganho de NIC em 1 e 3 meses (p<0,05). Além disso, a porcentagem de sítios que apresentaram redução de PS e ganho de NIC ≥ 2 mm foi maior no PLGA+Doxi do que em PLGA+Plac aos 3 meses (p<0,05). Quanto aos resultados imunológicos, numa análise intragrupo, somente os indivíduos que receberam PLGA+Doxi tiveram aumento siginificativo da citocina anti-inflamatória IL-10 (aos 3 meses) e diminuição na concentração de IL-8 (aos 6 meses) (p<0,05). Somado a tais fatores, numa análise intergrupo, houve uma melhor modulação inflamatória para o grupo que recebeu as nanoesferas de doxiciclina, sendo que houve diferença significativa na concentração das seguintes citocinas: interferon (IFN)-γ e fator de necrose tumoral (TNF) –α em todos os tempos de reavaliação, redução dos níveis de IL-6 (aos 3 e 6 meses) e diminuição IL-17 (aos 6 meses) (p<0,05). A análise metabólica demonstrou menor média de porcentagem HbA1C aos 3 meses para PLGA+Doxi (p<0,05). Conclusão: Nanoesferas de PLGA contendo doxiciclina a 2% podem ser consideradas uma nova terapia adjunta ao tratamento da periodontite crônica em indivíduos diabéticos tipo 2, oferecendo benefícios adicionais na modulação de citocinas e nos parâmetros clínicos avaliados.
Palavras-chave: Periodontite Crônica; Diabetes Mellitus Tipo 2; Tratamento Periodontal; Doxiciclina; Nanotecnologia.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção e tratamento das doenças do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq:Esquemas terapêuticos e curativos propostos e preconizados no tratamento das doenças bucais.
Autor(a): Bruna Ghiraldini
Orientador(a): Fernanda Vieira Ribeiro
Data da defesa: 20/01/2015
Resumo: O diabetes mellitus é considerado um fator importante que pode interferir negativamente no reparo ósseo peri-implantar. Porém, o efeito do controle glicêmico no reparo ósseo ao redor de implantes em pacientes diabéticos não está esclarecido. O objetivo do capítulo 01 foi determinar o padrão de expressão gênica de marcadores do tecido ósseo, de acordo com o status glicêmico de pacientes diabéticos tipo II, enquanto o objetivo do capítulo 02 foi avaliar a influência do controle glicêmico de diabéticos tipo II na estabilidade de implantes dentais, além de avaliar os níveis de moléculas de osteogênese/clasia no fluido peri-implantar durante o processo de reparo ósseo.Capítulo 01: Foram selecionados 54 pacientes com indicação para colocação de implantes dentais: Não diabéticos (n=19), Diabéticos tipo II melhor controlados - taxa de HbA1c ≤ 8% (n=17) e Diabéticos tipo II pior controlados - taxa de HbA1c > 8% (n=18). Durante a colocação dos implantes dentais, foram obtidas biópsias de tecido ósseo dos sítios que receberam os implantes com o auxílio de um coletor ósseo. A expressão gênica de TNF-α, TGF-β, RANKL, OPG, Runx2, ALP, BSP, COL-I e OCN foi avaliada por meio de PCR quantitativo. Maiores níveis de mRNA na proporção de RANKL / OPG foram observados nos diabéticos mal controlados em comparação com os diabéticos melhor controlados e os pacientes não diabéticos (p <0,05). COL-I e BSP foram detectados em quantidade significativamente menor nos diabéticos pior controlados em comparação com os pacientes não diabéticos (p<0,05). Capítulo 02: Foram selecionados 51 pacientes com indicação para colocação de implantes dentais: Não diabéticos (n=19), Diabéticos tipo II melhor controlados - taxa de HbA1c ≤ 8% (n=16) e Diabéticos tipo II pior controlados - taxa de HbA1c > 8% (n=16). Após a colocação dos implantes em estágio único, a estabilidade destes foi mensurada por meio de análise de frequência de ressonância nos períodos baseline: 3, 6 e 12 meses. Além disso, os níveis de TGF-β, FGF, OPN, OCN e OPG no fluido peri-implantar foram quantificados após 15 dias, 3, 6 e 12 meses da instalação dos implantes, por meio de avaliação imunoenzimática. Níveis de OPG e OPN nos pacientes não diabéticos foram mais elevados após 12 meses do que em 15 dias (p <0,05), enquanto que OC e TGF-β foram menores em diabéticos pior controlados após 12 meses, quando comparados aos 15 dias e 3 meses de acompanhamento, respectivamente (p <0,05). As análises intergrupo mostraram níveis mais baixos de OPN aos 12 meses nos pacientes diabéticos pior controlados, em comparação com os não diabéticos (p <0,05). ISQ foi maior aos 12 meses, quando comparado ao baseline e aos 3 meses em não diabéticos (p <0,05); no entanto, não foram observadas diferenças durante o acompanhamento em diabéticos, independentemente do controle glicêmico (p> 0,05). Nenhuma diferença foi observada no ISQ entre os grupos, ao longo do tempo (p> 0,05).
Com base nos resultados obtidos nesses estudos, pode-se concluir que a expressão gênica e os níveis no fluido peri-implantar de alguns marcadores ósseos são modulados negativamente pelo mal controle glicêmico, embora não tenha sido observado prejuízo na estabilidade dos implantes em longo prazo.
Palavras-chave: Diabetes tipo II; Implantes Dentais; Marcadores Ósseos; Expressão Gênica.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção e tratamento das doenças do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Esquemas terapêuticos e curativos propostos e preconizados no tratamento das doenças bucais.
Autor(a): Critina Yuri Okada Kobayashi
Orientador(a): Cristina Lúcia Feijó Ortolani
Data da defesa: 22/01/2015
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o módulo de elasticidade (E) e alterações morfológicas superficiais por meio de microscopia eletrônica de varredura (MEV) de fios ortodônticos de aço após diferentes tempos de uso clínico, além de correlacionar o E com o pH salivar e com o tempo de uso clínico. Foram utilizados arcos ortodônticos pré-contorneados de aço inoxidável 18/8, de diâmetro 0,016”. O ensaio de flexão em três pontos ocorreu após 30, 60, 90 e 120 dias de uso clínico; um grupo controle foi obtido de arcos não utilizados clinicamente (n=4). O módulo de elasticidade (E) foi obtido utilizando-se os resultados do ensaio de flexão em três pontos. A medição do pH salivar ocorreu no momento da instalação e a cada 30 dias até a coleta dos arcos. Imagens de MEV foram obtidas das porções anteriores dos arcos. Os resultados foram analisados com teste estatístico de Kruskal Wallis, método de Dunn, e correlação de Spearman (a=0,05). Concluiu-se que o tempo de uso clínico de até 120 dias não influenciou o E dos fios de liga de aço. As imagens de MEV mostraram alterações superficiais e deposição de impurezas na superfície dos fios utilizados clinicamente. Não foi encontrada correlação entre o E e o pH salivar ou o tempo de uso clínico.
Palavras-chave: Fios Ortodônticos; Módulo de Elasticidade; Processos Mecânicos.
Área de Concentração: Ortodontia - Clínica Infantil.
Linha de Pesquisa: Alterações dentofaciais: diagnóstico, prevenção e tratamento.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Estudos aplicados à ortodontia e ortopedia facial.
Autor(a): Renata de Cássia Gomes Camacho
Orientador(a): Suzana Peres Pimentel
Data da defesa: 26/01/2015
Resumo: A terapia mecânica com raspagem e alisamento radicular é um tratamento bem estabelecido para a descontaminação da superfície radicular dos dentes acometidos pela doença periodontal, porém há sítios com prognósticos desfavoráveis ao tratamento convencional, e, neste caso, os antibióticos sistêmicos e locais, com o auxílio de novas tecnologias, são possíveis coadjuvantes. O presente estudo avaliou clinicamente o uso de nanoesferas de Poly (l-lactide-co-glycolide) (PLGA) contendo doxiciclina 2% no tratamento de indivíduos que apresentam periodontite crônica severa. Para tanto, 43 indivíduos com diagnóstico de periodontite crônica (mínimo de 10 sítios/PS >5 mm e 2 sítios com PS>7 mm) foram divididos e tratados em 3 grupos: PLGA+Placebo (N=15), tratados por meio de Full Mouth Ultrassonic Debridement (FMUD) + aplicação de nanoesferas de PLGA placebo; PLGA+Doxi (N=13), tratados por meio de FMUD + aplicação de nanoesferas de PLGA contendo doxiciclina 2%, e Doxi/Líquida (N=15), tratados por meio de FMUD + aplicação de doxiciclina 2% líquida. Avaliações clínicas foram realizadas no baseline, 1, 3 e 6 meses, para os seguintes parâmetros clínicos: Índice de Placa (IP), Índice de Sangramento (IS), Profundidade de Sondagem (PS), Posição da Margem Gengival (PMG) e Nível de Inserção Clínica (NIC). Para comparação dos parâmetros clínicos foram utilizados os testes Kruskal-Wallis/Friedman ou ANOVA/Tukey (α=5%). Todos os tratamentos trouxeram benefícios aos indivíduos; em bolsas profundas, aos 3 meses de avaliação, a PS do grupo PLGA+Doxi (3,5mm±1,0mm) teve os melhores resultados com diferença estatística, quando comparado aos grupos Doxi Líquida (4,3mm±1,2mm) e PLGA+Placebo (4,3mm±1,3mm), e aos 6 meses de avaliação essas diferenças não se mantiveram. Quanto ao NIC, o grupo PLGA+Doxi (4,3mm±1,1mm/4,1mm±0,9mm) mostrou-se melhor estatisticamente no primeiro mês e aos 3 meses, quando comparado ao grupo Doxi Líquida (5,2mm±1,1mm/4,9mm±0,9mm) e PLGA+Placebo (6,3mm±2,0mm/6,6mm±2,2mm), porém, aos 6 meses não houve diferença entre os grupos. Dentro dos limites do estudo, podemos concluir que a doxiciclina liberada por meio de nanoesferas é efetiva, em curto prazo, no tratamento coadjuvante da periodontite crônica.
Palavras-chave: Doxiciclina; Nanoesferas; Periodontite Crônica.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção e Tratamento das doenças do sistema estomatognático.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Esquemas terapêuticos e curativos propostos e preconizados no tratamento das doenças bucais.
Autor(a): Rodrigo Sunao Ambrosio
Orientador(a): Kurt Faltin Junior
Data da defesa: 26/01/2015
Resumo: O objetivo deste estudo foi investigar e comparar os efeitos do tratamento com os aparelhos de propulsão mandibular Bite Jumping Appliance (Sander II) e Twin-Block (TB) em pacientes em crescimento com má oclusão de Classe II, divisão 1ª, com retrusão mandibular. Materiais e métodos: a amostra consistiu em 60 pacientes com características esqueléticas de Classe II. Foram utilizadas telerradiografias cefalométricas em norma lateral de 60 indivíduos portadores de má oclusão de Classe II, divisão 1ª, com retrognatismo mandibular. O grupo SANDER II foi avaliado no início do tratamento (T0) com idade média de 10,4 anos e ao final do tratamento (T1) com idade média de 12,5 anos. O grupo TB foi iniciado em (T0) com idade média de 10,6 anos e finalizado em (T1), com idade média de 12,1 anos. O grupo Controle foi avaliado em T0 com idade média de 10,2 anos e em (T1) com média de idade de 12,1 anos. O período de observação durou, em média, 24 meses. As análises estatísticas utilizadas foram a análise de variância ANOVA e Tukey e teste t para avaliar as comparações intragrupos. Resultados: o nível de confiança usado para todos os testes estatísticos foi de P<0,05. Foram encontradas diferenças significantes na correção da Classe II, divisão 1ª, entre os grupos SANDER II, TB e Grupo Controle, na correção do retrognatismo mandibular. Conclusão: as terapêuticas usadas para a correção da Classe II mandibular mostraram-se eficientes quando comparadas com o grupo controle e eficientes na normalização facial e oclusal.
Palavras-chave: Má Oclusão; Avanço Mandibular; Cefalometria.
Área de Concentração: Ortodontia- Clínica Infantil.
Linha de Pesquisa: Alterações dentofaciais: diagnóstico, prevenção e tratamento.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Estudos aplicados à ortodontia e ortopedia facial.
Autor(a): Juliano Henrique Medeiros Silva
Orientador(a): Alfredo Mikail Melo Mesquita
Data da defesa: 14/07/2015
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar, por extensometria, as microdeformações ao redor dos implantes dentários em próteses do tipo protocolo, variando a conexão protética e os pontos de aplicação de carga(condição axial e condição não axial). Em 03 modelos mandibulares de poliuretano foram inseridos quatro implantes ao nível do rebordo e paralelos entre si, com distância de 12 mm entre o centro de cada um, e em cada modelo, um tipo de conexão protética: hexágono externo - Grupo A (GA); hexágono interno - Grupo B (GB); e cone morse - Grupo C (GC).Sobre os implantes foram instalados pilares do tipo Micro unit, com cinta metálica de 2 mm de altura. Em cada modelo experimental, 05 extensômetros lineares foram colados em sua superfície superior tangenciando a plataforma dos implantes. Para cada grupo foram confeccionadas 05 infraestruturas metálicas (n=5) de cobalto-cromo (Co-Cr). A aplicação de carga de 150N foi realizada sobre a infraestrutura metálica em local equidistante entre os quatro implantes, no cantilever nos intervalos de 10 e 20 mm. A análise estatística inferencial foi realizada por meio do teste estatístico de Friedman e do teste de Dunn (5%) para comparar os valores médios de microdeformação obtidos com as diferentes conexões protéticas, e, por meio do teste estatístico Kruskal-Wallis e teste de Dunn (5%), para comparar os valores médios de microdeformação obtidos com as diferentes condições de carga. Os resultados obtidos indicaram que as médias de microdeformação dos grupos avaliados foram: GA: axial - 129,0±26,2; não axial 10mm - 422,1±63,7; não axial 20mm - 675,4±101,2; GB: axial - 83,54±10,03; não axial 10mm - 199,54±19,35; não axial 20mm - 376,3±27,1; GC: axial - 115,64±16,63; não axial 10mm - 133,52±9,83; não axial 20mm - 212,83±22,07. Concluiu-se que os implantes de conexões internas apresentaram valores menores de microdeformação comparados com os de conexão hexagonal externa, sendo que menores valores de microdeformação foram encontrados no Grupo cone morse. As principais diferenças nos valores de microdeformação foram encontradas nos pontos do cantilever (condição de carga não axial) em todos os grupos, enquanto que os pontos de aplicação de carga situados entre os implantes (condição de carga axial) não apresentaram diferenças estaticamente significantes.
Palavras-chave: Prótese Dentária; Extensometria; Biomecânica.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção e tratamento das doenças do sistema estomatognático.
Autor(a): Fernando Moreno de Oliveira
Orientador(a): Luciano Lauria Dib
Data da defesa: 17/07/2015
Resumo: O objetivo do estudo foi avaliar a satisfação dos pacientes que utilizam próteses oculopalpebrais implantossuportadas, utilizando questionário adaptado de qualidade de vida. A amostra constituiu-se de 45 pacientes que utilizam próteses oculopalpebrais implantossuportadas por um período que variou de 6 meses a 120 meses. Os indivíduos responderam a um questionário que constou de 10 questões, abordando aparência, retenção, percepção externa, autoconfiança, dificuldade de colocação, dificuldade de remoção, limpeza, limitação das atividades, desconforto dos tecidos e recomendação do método. As respostas quanto à satisfação foram expressas por escala visual de 100mm. A média aritmética das respostas foi transformada em porcentagem que representou o índice de satisfação. Os pacientes demonstraram elevado índice de satisfação em todos os itens avaliados, sendo que o menor índice foi de 83,7%, quanto à estética, e o maior foi de 98,7%, na recomendação do método a outros pacientes. A alta satisfação quanto à colocação (96,2%) e remoção (98,3%) da prótese, desconforto dos tecidos (94,6%) e limpeza (88,7%), foram indicativos de facilidade de manuseio. Elevada satisfação quanto à retenção (95,0%), autoconfiança (86,8%), percepção externa da prótese (84,7%) e limitação das atividades (86,8%) são indicativos de melhor convívio social. Os resultados do presente estudo permitiram concluir que o uso da técnica de ancoragem óssea das próteses extraorais proporcionou alto índice de satisfação entre os pacientes, confirmando que os implantes osseointegrados são um recurso muito importante para a reabilitação das deformidades oculopalpebrais.
Palavras-chave: Implantes Extraorais; Prótese Oculopalpebral; Qualidade de Vida.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção e tratamento das doenças do sistema estomatognático.
Autor(a): Fabiane Braga Martins Barbosa
Orientador(a): Cintia Helena Coury Saraceni
Data da defesa: 27/07/2015
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a interferência da depressão na percepção da dor decorrente de hipersensibilidade dentinária (HD) em ratos. Foram utilizados 35 ratos machos Wistar, com peso entre 320- 350g. PARTE 1: Estabelecimento do modelo animal de depressão por exposição crônica de ratos a estímulos estressores moderados e imprevisíveis. Nesta etapa, 17 animais foram divididos em dois grupos. Inicialmente, os ratos receberam, simultaneamente, dois bebedouros, um contendo água e outro, água + sacarose a 2%. O consumo dos dois líquidos foi avaliado a cada dois dias, durante seis dias, para estabelecimento da linha de base. Foram, então, divididos em dois grupos: um controle, sem depressão (C+ND, n=7) e outro, controle com depressão (C+D, n=10). Os animais do grupo controle permaneceram em sua gaiola-moradia recebendo água e ração ad libitum e expostos a um mínimo de situações estressantes, enquanto o grupo experimental foi submetido a um protocolo de estresse crônico moderado e imprevisível (UCMS), por quatro semanas. O peso corporal dos dois grupos foi tomado semanalmente durante todo o procedimento experimental. A seguir, o teste de preferência a sacarose foi repetido e o consumo de água + sacarose foi avaliado por duas horas. Foram realizados testes de hipersensibilidade dentinária (HD) e resposta à manipulação (RM). Os animais de cada grupo foram submetidos à eutanásia, tendo suas mandíbulas retiradas para análise em microscopia eletrônica de varredura (MEV) e seu sangue coletado para dosagem dos níveis de corticosterona. PARTE 2: Avaliação da interferência da depressão na percepção da dor dentinária decorrente de hipersensibilidade dentinária (HD). Os outros 18 ratos foram divididos em dois grupos. Ambos os grupos, após o condicionamento com solução de sacarose, foram submetidos à indução de HD por meio da administração de solução isotônica com pH 2,3, por 30 dias. Um dos grupos não foi induzido à depressão (grupo - HD+ND, n=8) e o outro foi submetido ao UCMS por quatro semanas (grupo – HD+D, n=10). Os animais foram pesados semanalmente; foi realizado o Teste de Preferência à Sacarose (TPS), seguido de Teste de Porsolt e teste de HD. Após a eutanásia, as mandíbulas foram retiradas para análise em microscopia eletrônica de varredura (MEV) e o sangue foi coletado para avaliação dos níveis de corticosterona e TNF-alfa. Os resultados obtidos indicaram que os animais do grupo C+ND não responderam ao teste de HD. Os animais do grupo C+D tiveram baixíssima resposta ao teste de HD e apresentaram perda de peso. Os animais do grupo (HD+D) apresentaram menor tempo de latência e maior tempo de flutuação no teste de Natação Forçada (teste de Porsolt), confirmando o estado depressivo. Os escores de HD e os níveis plasmáticos de corticosterona no grupo HD+D foram mais elevados em relação ao grupo C+D. Os níveis plasmáticos de TNF-alfa aumentaram apenas no grupo HD+ND. A análise da mandíbula confirma o padrão de erosão dental nos grupos HD. Com base nos dados apresentados, podemos afirmar que o comportamento depressivo potencializou a resposta à dor e os níveis de corticosterona plasmáticos nos ratos induzidos à hipersensibilidade dentinária.
Palavras-chave: Hipersensibilidade Dentinária; Depressão; Modelo Animal.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Prevenção e tratamento das doenças do sistema estomatognático.
Autor(a): Tais Pereira Leal
Orientador(a): Cristina Lúcia F. Ortolani
Data da defesa: 27/07/2015
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos dos selantes CLINPRO™ XT e FLUROSHIELD® na prevenção da desmineralização no esmalte dental na região circunscrita aos braquetes ortodônticos, por meio da microdureza e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Foram utilizadas sessenta coroas de dentes bovinos, divididas aleatoriamente em três grupos: G1 colagem de braquetes (controle), G2 colagem de braquetes e selante CLINPRO™ XT e G3 colagem de braquetes e selante FLUROSHIELD®. As amostras foram submetidas ao desafio cariogênico (DES/RE), avaliadas pela dureza Knoop (25g,10s), utilizando aparelho durômetro (Shimadzu), nas distâncias de 1.000µm, 2.000µm e 3.000µm na interface e 100µm, 200µm, 300µm e 400µm na profundidade, para incisal e cervical a partir do braquete ortodôntico. Imagens em MEV foram obtidas da superfície, região cervical das amostras. Os resultados analisados pelos testes estatísticos ANOVA e Tukey (p<0,05), mostraram significativa influência na microdureza Knoop nas interações Tratamento/Distância e Tratamento/Distância/Região (p=0,00), nos grupos G2 e G3, que revelaram a ocorrência de maior microdureza do esmalte dental na região cervical nas áreas mais próximas ao braquete ortodôntico quando aplicado selante, sendo mais evidentes com o selante CLINPRO™ XT. Entretanto, para as amostras que não receberam selante, não foi verificada uma clara influência dessas interações com a microdureza. Concluiu-se que os selantes foram mais efetivos próximos aos braquetes e menos efetivos nas mensurações mais distantes do esmalte dental. O selante CLINPRO™ XT apresentou os maiores valores de microdureza e maior efetividade quando comparado com os grupos controle e FLUROSHIELD®.
Palavras-chave: Desmineralização; Ortodontia; Selantes.
Área de Concentração: Clínica Odontológica.
Linha de Pesquisa: Alterações dentofaciais: diagnóstico, prevenção e tratamento.