Autor(a): Angela Cabral Flecha.
Orientador(a): José Paulo Alves Fusco.
Data da tese: 16/04/2010
Resumo: Inúmeros fatores concorrem para a formação da competitividade, além do que são também diferentes as formas de se concorrer em um contexto volátil e globalizado. Quando se trata de relacionamentos entre empresas, para que se alcance um grau de desenvolvimento uniforme e efetivo de integração e coordenação, torna-se mandatório a eliminação de entraves internos à rede que se forma, de modo a facilitar o livre trânsito de informações, fluxo físico de bens e serviços, bem como de pessoas e recursos financeiros. Assim, o pressuposto básico é de que as transações entre atores aconteçam dentro de um equilíbrio de interesses em suas diversas dimensões. Alcançar um perfil adequado de equilíbrio dos relacionamentos e os princípios de governança tornam-se, então, vitais para manter a coesão da rede e o interesse de seus participantes em perseguir os mesmos objetivos com transparência e fluidez, no contexto de um dado negócio. A presente tese tem por objetivo apresentar uma revisão da literatura sobre Redes de Empresas e Cadeias de Fornecimentos, considerando as dimensões de morfologia existentes, seus diversos graus de assimetria e difusão. O trabalho apresenta, também, os resultados de pesquisa desenvolvida na região turística de Ouro Preto, envolvendo comportamento dos turistas e consequente reflexo na formação das bases competitivas do setor. Ao final, é possível perceber o grau de significância dos atores envolvidos em função dos critérios de escolha utilizados pelos visitantes para configurar seu caminho dentro da região turística analisada e, deste modo, reforçar as redes existentes.
Palavras-chave: Redes de Empresas; Alianças; Clusters; Turismo; Indicadores; Competitividade.
Área de Concentração: Gestão de Sistemas de Operação.
Linha de Pesquisa: Redes de Empresas e Planejamento da Produção.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Redes de empresas e cadeias produtivas - Redepro.
Autor(a): Marcelo Tsuguio Okano.
Orientador(a): Oduvaldo Vendrametto.
Data da tese: 19/04/2010
Resumo: A cadeia leiteira é uma das mais importantes atividades do setor agropecuário e desempenha função de vital relevância no processo de desenvolvimento econômico e social do País. Após meio século de poucas mudanças, em grande parte explicadas pela forte intervenção do Governo no mercado de lácteos, a cadeia produtiva do leite começa, no início dos anos 90, a experimentar profundas transformações como controle genético, inseminação artificial, controles endêmicos, melhoria de arraçoamento e pastagens, adoção de critérios rigorosos de inspeção, trato, limpeza e desinfecção, avanços tecnológicos e qualidade do produto. Essas transformações auxiliaram a aumentar a produtividade das fazendas que tiveram condições de investir e planejar, mas prejudicaram as propriedades leiteiras que não puderam acompanhar as mudanças, causando assim insatisfação dos produtores. O objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de indicadores de eficiência produtiva das propriedades leiteiras, para classificá-las em uma tabela com cinco níveis e o estudo dos relacionamentos interorganizacionais que influenciam na produtividade desta cadeia. Para a coleta das informações foi usada a pesquisa exploratória qualitativa e para estudar a rede de relacionamentos foram utilizadas as redes sociais. Os resultados obtidos da análise dos dados da pesquisa de campo apontaram para as melhores práticas que os produtores podem adotar para evoluirem na tabela de classificação e aumentarem a eficiência produtiva.
Palavras-chave: Cadeia Leiteira; Agronegócios; Produtividade; Produção Leiteira.
Área de Concentração: Gestão de Sistemas de Operação.
Linha de Pesquisa: Redes de Empresas e Planejamento da Produção.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Cadeia carne-couro-calçados: uma abordagem da competitividade sob a ótica de cadeias de fornecimento.
Autor(a): Jailson de Oliveira Arieira.
Orientador(a): José Paulo Alves Fusco.
Data da tese: 29/06/2010
Resumo: O ambiente econômico atual, marcado pela concorrência acirrada e busca por eficiência, tem criado novas formas de organização empresarial, dentre as quais pode-se destacar o fenômeno das redes de empresas. As redes de empresas, apesar de não serem um fenômeno recente, ganharam espaço na gestão das organizações e na agenda das políticas públicas. Dentre as várias configurações de redes de empresas verificadas no ambiente econômico e caracterizadas pelos estudos conceituais, merece destaque, na região noroeste do Paraná, a presença marcante das cooperativas agroindustriais. No entanto, o tamanho de certas organizações tem suscitado algumas dúvidas quanto à sua capacidade de representar e atender aos interesses dos associados. Tais aspectos mostram a relevância do setor para a economia paranaense e justifica estudos das relações desenvolvidas pelos agentes econômicos envolvidos com essa atividade. Assim, o objetivo desse trabalho foi desenvolver um estudo sobre os relacionamentos existentes entre os agentes econômicos envolvidos na cadeia do agronegócio da região da AMERIOS – Associação dos Municípios do Entre Rios - Paraná, e propor um modelo conceitual de avaliação desses relacionamentos, com ênfase nos papeis de dois agentes econômicos: produtores rurais e cooperativas agroindustriais. O estudo foi fundamentado em modelos e contribuições científicas já desenvolvidas para os temas de redes de empresa e cooperativismo. Caracterizado como um estudo de caso, o trabalho foi desenvolvido a partir de uma pesquisa de campo, com entrevistas aplicadas aos agentes econômicos atuantes na cadeia do agronegócio na região. O estudo mapeou e analisou os relacionamentos existentes entre 22 agentes econômicos, classificados nas redes física, de valor e de negócios, conforme modelo de redes simultâneas. Os relacionamentos foram avaliados segundo o modelo conceitual constituído por nove dimensões de análise (relacionamentos, custos de transação, capacitação gerencial, governança, distribuição de poder, informação e comunicação, legislação, tecnologia e aspectos ambientais). Os resultados obtidos mostram um papel de destaque das cooperativas como agentes centrais nos relacionamentos da rede física, principalmente nos aspectos comerciais; mostram ainda uma deficiência da rede em termos de coordenação e a ausência de um agente que assuma efetivamente o papel de coordenar as ações da cadeia e de torná-la mais eficiente; mostram também que os produtores na região são muito diferenciados em termos de uso de tecnologia, tamanho e capacidade gerencial, o que dificulta sua ação como agente na cadeia como um todo; observou-se ainda que os agentes da cadeia de valor, principalmente as universidades e a EMBRAPA, precisam atuar mais próximos dos produtores rurais e dos agentes de difusão de tecnologia, como a EMATER, que apresenta um significativo respaldo junto aos atores da rede. Outro resultado relevante trata-se da pouca atuação como agente de coordenação da cadeia da SEAB, que detém um significativo volume de informação e uma posição privilegiada na rede, mas não utiliza de tais condições para atuar ativamente na cadeia. Vale destacar ainda, a discussão sobre o papel das cooperativas agroindustriais, que segundo críticos perdeu sua função social, mas que no estudo mostrou pujança e importância na cadeia. A polêmica pode advir da forma de atuação das cooperativas, que atendem a dois tipos de produtores: os cooperados e os cadastrados. Assim, agem como empresas de mercado na comercialização de insumos e produtos, tendo os produtores indistintamente como fornecedores ou clientes. No entanto, no final do período, estas devolvem aos cooperados parte das sobras obtidas com as operações, cumprindo sua função social. Desse modo, para os cooperados, atua realmente como cooperativa, e aos cadastrados como uma empresa comercial comum. Assim, pode-se afirmar que o trabalho logrou êxito em seus objetivos propostos, ao mesmo tempo em que abre novos campos de pesquisa, com o estudo em cadeias específicas utilizando-se o modelo conceitual apresentado.
Palavras-chave: Redes de Empresas; Agronegócio; Cooperativas Agroindustriais; Relacionamentos.
Área de Concentração: Gestão de Sistemas de Operação.
Linha de Pesquisa: Redes de Empresas e Planejamento da Produção.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Redes de empresas e cadeias produtivas - Redepro.
Autor(a): Francisca Dantas Mendes.
Orientador(a): José Benedito Sacomano.
Data da tese: 25/10/2010
Resumo: Esta tese é um estudo e comparação entre as Manufaturas do Vestuário do Brasil e da Índia, como sequência do trabalho de mestrado sobre a Cadeia Têxtil e a Manufatura do Vestuário de Moda (MVM) brasileiras.
A manufatura específica de vestuário de moda corresponde a um produto altamente diversificado e diferenciado com produção em pequenos lotes e curto ciclo de vida.
Foi necessário conhecer todos os atores, elos, fornecedores e clientes envolvidos em uma rede de negócios influenciada pela moda, associada às estratégias e paradigmas de produção responsáveis pelo funcionamento do mecanismo da moda no Brasil e na Índia.
O estudo descreve as Cadeias Têxteis do Brasil e, em especial, a da Índia. São notórias as semelhanças e diferença entre as MVMs em questão. No Brasil, os produtos são bastante elaborados e ricos em detalhes em suas formas e uso de diferentes materiais e aviamentos. Na Índia, o produto é simples, resumido a um longo tecido, suficiente para vestir e adornar corpos femininos ou masculinos. As peças são simples em suas formas, mas ricos em detalhes de tingimentos, estampas e bordados.
A moda influencia os desejos de consumo da população indiana por meio dos tecidos, sempre com novas texturas, cores e estampas, enquanto o Brasil é influenciado pela moda globalizada, atribuída pela tendência de moda ditada pelos principais países mais desenvolvidos do mundo. Ambos os países possuem problemas de mão de obra, embora a Índia os tenha em abundância.
Brasil e Índia se assemelham quanto ao grande número de microempresas. A MVM brasileira possui inúmeras empresas que prestam diferentes tipos de serviço de produção e o mesmo acontece na Índia, sendo que a diferença está na terceirização de processo não observada naquele país. O estudo apresenta oportunidades de estudos, novas investigações e negócios entre os dois países que se destacam como grandes economias emergentes e mercados consumidores de relevância no cenário econômico mundial.
Palavras-chave: Têxtil; Estratégia; Cadeia; Produção; Tecido; Moda.
Área de Concentração: Gestão de Sistemas de Operação.
Linha de Pesquisa: Redes de Empresas e Planejamento da Produção.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: O caráter evolucionário do planejamento e controle da produção e as novas formas de organização do trabalho.
Autor(a): Osmildo Sobral dos Santos.
Orientador(a): Pedro Luiz de Oliveira Costa Neto.
Data da tese: 21/12/2010
Resumo: A presente pesquisa identifica e analisa a interface entre Conhecimento, Competência e Liderança como fatores de importância na tomada de decisões gerenciais nas organizações, visando à proposição e discussão de um modelo representativo que propicie uma melhor concepção desse inter-relacionamento e possa ser usado como orientação às decisões a serem tomadas. É feita uma aplicação do modelo proposto às atividades de apoio à Produção oferecidas pela Administração de Materiais-Logística, avaliando sua importância ao setor e os benefícios dessa aplicação. Para tanto, utiliza-se a análise comparativa, sob a forma de um questionário estruturado, concebido para se fixar o levantamento dos dados amparado por uma tabela para o registro das informações do inter-relacionamento entre os conceitos pesquisados, estabelecendo um comparativo entre os níveis de desempenho (baixo, médio e alto) apresentados pelas empresas do ramo industrial de médio e grande porte das cidades de São Paulo, Guarulhos e região sob a óptica da área de Produção. Com os resultados, espera-se contribuir para uma melhor compreensão dos processos da Gestão do Conhecimento, Competência e Liderança e suas interfaces e da utilização dessas informações para as organizações, bem como oferecer subsídio para novas discussões e análises a respeito do assunto e do modelo por outros pesquisadores.
Palavras-chave: Gestão do Conhecimento; Tomada de Decisões; Aperfeiçoamento Organizacional; Atividade de Apoio à Produção; Administração de Materiais.
Área de Concentração: Gestão de Sistemas de Operação.
Linha de Pesquisa: Redes de Empresas e Planejamento da Produção.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Qualidade e produtividade.