Autor(a): Mauro Nascimento Clemente
Orientador(a): Heloísa de Araújo Duarte Valente
Data da defesa: 19/02/2016
Resumo: Esta pesquisa procurou identificar as “táticas cotidianas” dos cidadãos paulistanos inseridas nas canções do Premeditando o Breque, o Premê (grupo musical ligado à Vanguarda Paulista), como relatos de memória de São Paulo, na década de 1980. Utilizamos abordagem qualitativa, de natureza analítica, que buscou os temas mais recorrentes em uma amostragem de 15 (quinze) canções do grupo que relatam o cotidiano da metrópole paulistana: “clima e poluição”; “trabalho e capital”; “meios de transporte e mobilidade urbana”; “favelas e violência”; “histórias e lendas dos bairros”; “solidão, ambição e consumo”. Estes temas foram selecionados de acordo com os conceitos de Paul Zumthor, em seu livro “Tradição e Esquecimento”. A análise concebe como base teórico-metodológica as ideias de Michel de Certeau, em seu livro “A Invenção do Cotidiano”, em que o autor considera as práticas dos cidadãos que habitam as cidades modernas, como táticas para contornar a estratégia da tecnoestrutura da sociedade industrial. Aplicamos estes conceitos avaliando a produção artesanal da Vanguarda Paulista como tática dos músicos experimentais em resistência à lógica da indústria fonográfica, a tecnoestrutura instaurada no âmbito artístico-musical. Nesse percurso, foi estabelecido o contexto sociopolítico da época, apresentada a formação estética do Premê e analisadas as canções do grupo sob o ponto de vista do resgate do “espírito da cidade”. Dentre algumas das conclusões resultantes desta pesquisa, notou-se que as canções do Premê formaram crônicas musicais, reconstruindo a memória da cidade, e que elas representam um registro sonoro-musical da vida diária da São Paulo da década de 1980.
Palavras-chave: Premê; Canção Popular; Cotidiano; São Paulo; Vanguarda Paulista.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Centro de Estudos em Música e Mídia.
Autor(a): Ligia Regina Guimarães Clemente
Orientador(a): Carla Reis Longhi
Data da defesa: 04/03/2016
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi compreender como foram construídos os discursos sobre os sujeitos das esferas do Mercado, do Estado e da Sociedade Civil, que integram o debate sobre a implantação da Usina Hidrelétrica Estreito. Situada nos Estados do Maranhão e Tocantins e com reservatório de abrangência em 12 municípios desses dois Estados, o processo de instalação desse empreendimento foi marcado por diversas tensões entre os diferentes sujeitos. Considera-se o processo de instalação de usinas como campos de poder, de conflitos, de negociações e de tomada decisões, em que diversas vozes disputam espaços e conquistas. Para reconstruir esse campo de saber, ao qual pertencem esses processos e perceber o feixe de relações históricas e institucionais de onde emergem esses discursos, delinearam-se algumas práticas que precedem a construção desta usina. Dada à multiplicidade de esferas e sujeitos que compõem o prisma discursivo sobre a usina em análise, foi necessário lançar um olhar a partir de vários lugares de fala. Apoiando-se no suporte teórico-metodológico de Michel Foucault, foram identificadas as formações discursivas (Conceitos, Objetos e Modalidades Enunciativas) em cada corpus de análise estabelecido: site do Consórcio Estreito Energia, site do Ministério de Minas e Energia, site do Movimento dos Atingidos por Barragens e as notícias publicadas nos jornais “O Estado do Maranhão” e “Folha de S. Paulo”. Como parte dos resultados, observou-se um Mercado muito mais protagonista do que o Estado na condução dos processos da UHE Estreito, no qual o primeiro, enquanto concessionário responsável, executa e este segundo acompanha e endossa a realização do projeto. As comunicações executadas pelo CESTE e pelo MME têm um caráter de prestação de contas sobre a condução de um projeto hidrelétrico e a do MAB realça as lutas e conquistas de uma sociedade civil organizada em prol das famílias atingidas. No jornal “O Estado do Maranhão”, por exemplo, nota-se uma tendência de endossar e repercutir as mesmas formações das esferas do Estado e do Mercado e de desconsiderar as que oriundam da sociedade civil. No jornal “Folha de S. Paulo”, detecta-se uma desconstrução das práticas que emergem do Mercado e Estado. Esse mosaico Mercado/Estado/Sociedade Civil possibilitou uma melhor dimensão de como esses diferentes sujeitos se articulam e também detectar de onde eles vêm, quais procedimentos os interditam e os definem; quais valores carregam e quais posturas interferem na construção do discurso sobre o tema.
Palavras-chave: Sujeitos; Usina Hidrelétrica Estreito; Formações Discursivas.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia, Cultura e Política: identidades, representações e configurações do público e do privado no discurso midiático.
Autor(a): Fabian Macrini
Orientador(a): Carla Montuori Fernandes
Data da defesa: 14/03/2016
Resumo: Esta pesquisa propõe analisar a propaganda no rádio no Brasil, desde o início oficial de suas transmissões, em 7 de setembro de 1922, passando pela fase de experimentações na década de 1920, a chamada “época de ouro” nos anos 1940, o surgimento da televisão, a partir da década de 1950, e os impactos com o desenvolvimento da web. Vivemos hoje a chamada era da convergência das mídias em que novos desafios se impõem. A partir de uma pesquisa qualitativa, este estudo buscou compreender a amplitude do universo radiofônico na era digital com os formatos e ferramentas que ampliaram as possibilidades de escuta e possibilitaram a consolidação da sonosfera digital. Com a convergência midiática, novas possibilidades e formatos de propaganda para o meio radiofônico emergiram, refletindo um crescimento recente dos indicadores de audiência, receitas e participação nas divisões de verbas publicitárias.
Palavras-chave: Rádio; Propaganda; Convergência.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia, Cultura e Memória.
Autor(a): Sabrina Brandão Santiago
Orientador(a): Simone Luci Pereira
Data da defesa: 31/03/2016
Resumo: Essa dissertação busca compreender as lógicas do consumo cultural da “latinidade” - por parte de brasileiros - existente em um circuito cultural na zona oeste da cidade de São Paulo. Com objetivo de analisar tanto as dinâmicas desse circuito quanto a narrativa dos brasileiros que dele participam, a pesquisa relaciona as lógicas de consumo interculturais e os imaginários de uma identidade cultural “latina”, para assim perceber por quais caminhos se enveredam as relações sociais e culturais que ocorrem entre brasileiros e “latinos”. O consumo do imaginário sobre o Outro está totalmente ligado aos usos e apropriações que esses brasileiros fazem de sua cultura e mostra como as mídias são parte dessa relação, por vezes reforçando estereótipos, em outras se apropriando dessas culturas e, assim, retroalimentando esse mesmo imaginário sobre a alteridade. Essa relação de consumo ajuda a (re) conhecer alguns aspectos da cultura “latina” e ainda produz a criação de vínculos que suprem e são supridos por essa interação. O consumo cultural é um tema amplamente estudado, assim como suas relações com as mídias e a sociedade. Dessa forma, enriquecer as pesquisas sobre essa temática se torna viável se pensarmos em um novo ponto de vista, que trata de um consumo de culturas fora do mainstream em uma capital cosmopolita e global como São Paulo, salientando formas de negociação entre elementos mais hegemônicos e mais alternativos. Perceber os aspectos ligados ao circuito e às logicas do consumo da “latinidade” entre brasileiros nos auxilia no entendimento sobre o Outro em espaços interculturais. Para isso, nossa metodologia baseia-se em três frentes: uma observação das mídias utilizadas para a comunicação neste circuito e como essas culturas “latinas” são representadas visualmente; a etnografia do eixo oeste do circuito cultural “latino” na capital paulistana e a participação de brasileiros nele; e a realização de entrevistas com 14 pessoas dentre brasileiros e “latinos”, consumidores e produtores desse circuito. Por meio dessas três frentes podemos melhor perceber como se dão as sociabilidades e as noções de pertencimento e estranhamento entre os dois lados e como as lógicas de consumo se ligam a um (re) conhecimento do Outro.
Palavras-chave: Práticas musicais; Latinidade; Consumo; Interculturalidade.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Centro de Estudos em Música e Mídia.
Autor(a): Andrea Pascual Llopis
Orientador(a): Fernanda Mauricio da Silva
Data da defesa: 15/04/2016
Resumo: O termo infotainment tem sido utilizado para definir a mistura entre jornalismo e entretenimento. Embora essa junção não seja novidade em diversas áreas, ela tem ganhado cada vez mais espaço nas pesquisas sobre ou no campo midiático. Essa mistura não era considerada algo positivo para o jornalismo, mas, aos poucos, esse hibridismo entre jornalismo e entretenimento foi se transformando e hoje é utilizado como um recurso para atrair a audiência. Tanto que o entretenimento também passou a se apropriar de valores do jornalismo, e, dessa forma, não conseguimos identificar as fronteiras que indicariam onde um inicia e o outro termina. Gomes (2009) acrescenta que infotainment é uma estratégia de produção que pressupõe um breve conhecimento sobre a audiência. A mistura entre entretenimento e informação possibilita a criação de outros gêneros. A análise dos programas de entretenimento matutinos da Rede Globo de televisão feita por meio do conceito de modos de endereçamento tem o intuito de identificar as premissas do jornalismo contidas em seu conteúdo visando contribuir para a área de Comunicação compreendendo que, na convergência entre jornalismo e entretenimento, existe uma relação de interdependência, na qual parte dos recursos arrecadados pelos programas provém do entretenimento, que se utiliza desse espaço para estimular os seus conteúdos. Mas cabe ressaltar que os programas contêm elementos do jornalismo que necessitam divulgar também a realidade.
Palavras-chave: Infotenimento; Entretenimento; Jornalismo; Grade de programação; Modos de endereçamento.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Grupo de Pesquisa em Análise de Produtos Audiovisuais.
Autor(a): Rosicler Pereira dos Santos
Orientador(a): Simone Luci Pereira
Data da defesa: 18/04/2016
Resumo: Esta pesquisa está inserida no campo da Comunicação e Cultura Midiática, vinculada à Linha de Pesquisa ‘Contribuições da Mídia para a Interação entre Grupos Sociais’ e tem como tema “Corpo e cultura midiática na cidade de São Paulo: eventos de corrida de rua”. O corpo como a mídia primária (Harry Pross 1971), a cultura midiática sob a perspectiva do consumo, e a cidade de São Paulo como o lócus dos acontecimentos. A partir dessas perspectivas definimos como objetivo principal analisar as relações entre corpo (como mídia primária), cultura do esporte e cidade, a partir dos eventos corrida de rua na cidade de São Paulo. O objeto do estudo analisa os eventos de corrida de rua na cidade, nos quais estão inseridos os elementos de consumo, marketing e entretenimento ligados ao corpo e ao esporte. Tudo isso conformando uma cultura midiática. A hipótese buscou entender quais os mecanismos e quais as dinâmicas que o corredor de rua utiliza para praticar o esporte. O corredor de rua pratica o esporte ou consome o evento? Os corredores de rua vivenciam, ou se apropriam do discurso hegemônico que versa sobre a qualidade de vida e felicidade na corrida. Esporte: liberdade ou sedação? Buscamos uma metodologia de aproximação e vivência com a prática etnográfica, como conjunto de técnicas e trabalhos de campo tradicionais da Antropologia (e da Etnologia), que nos apresenta a importância das vivências e experienciações (SANTOS, 2002). Foram feitas três etnografias em São Paulo em pontos diferentes da cidade, com entrevistas a posteriori. Para tanto, a pesquisa contou com contribuições dos seguintes autores: Garcia Canclini (1995), Baitello Junior (2012), Bracht (2005), Canevacci (2008), Certeau (1998), Featherstone (1995), Huizinga (1938), Le Breton (2007), Santos (2002), Pross (1971).
Palavras-chave: Corpo; Consumo; Cultura midiática.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Centro de Estudos em Música e Mídia.
Autor(a): Carlos Roberto Cordeiro
Orientador(a): Fernanda Mauricio da Silva
Data da defesa: 20/04/2016
Resumo: Em um momento de transformações da televisão brasileira, em que surgem novos formatos televisivos produzidos num contexto de convergência das mídias, o segmento jornalístico não se exclui desse movimento. Considerando-se conceitos metodológicos dirigidos especificamente para o jornalismo, como os “modos de endereçamento” desenvolvidos pela pesquisadora Itania Gomes, este estudo busca analisar como os programas ‘Jornal Futura’ e ‘Como Será?’ podem contribuir para a educação e formação da cidadania por meio de uma estratégia diferenciada de telejornalismo. Esses programas apresentam particularidades que vão ao encontro dessas transformações no jornalismo ao ressignificar suas premissas a partir das mudanças socioculturais, das transformações políticas, das inovações tecnológicas e, especialmente, da própria demanda da audiência. Para abordarmos o telejornalismo e a educação, consideramos necessário, inicialmente, apresentar alguns aspectos gerais da situação educacional do Brasil, como o indispensável pensamento de Paulo Freire, as correntes pedagógicas analisadas por Saviani, a condição atual dos professores, além de citar o desenvolvimento do conceito de “Educomunicação” (ou Comunicação e Educação). Segundo Maria Aparecida Baccega, esta noção não significa juntar tecnologias, mas saber ler os textos, levando-se em consideração a formação científica do signo verbal e a atuação sobre o significado deste. Desloca-se o atual significado do signo verbal para outro significado, ainda que próximo daquele, de modo que tal deslocamento se volte para toda a sociedade visando a um trabalho de reforma ou revolução no contexto social. Em capítulo específico sobre “televisão e cotidiano”, cuja referência, entre outros, é o livro de Roger Silverstone, que leva nome semelhante, o estudo ainda analisa como a TV convive com a família e a escola, como influencia a cultura e a cidadania brasileira, o que pode levar esta mídia a ser reconhecida como uma agência de formação. A análise dos programas ‘Jornal Futura’ e ‘Como Será?’, desde suas pautas e reportagens até a performance dos apresentadores e repórteres, além de aspectos de sonoplastia e imagens, aponta para uma possibilidade de unir os recursos tecnológicos à formação do cidadão. Por utilizarem linguagem informal e recursos audiovisuais, parecem atender à expectativa da audiência ao cumprir a “promessa” descrita por François Jost, segundo o qual qualquer gênero televisivo se assenta no compromisso de uma relação com um mundo cujo grau de existência condiciona a adesão ou a participação do receptor. Assim, mesmo sem se autodefinir como programas educativos, o ‘Jornal Futura’ e o ‘Como Será?’ apresentam-se dentro de uma perspectiva cada vez maior de hibridização dos programas televisivos, de convergência sociocultural das mídias tecnológicas e, por essa razão, podem participar diretamente da consciência e formação cidadã de seus telespectadores, consumidores.
Palavras-chave: Jornal Futura; Como Será?; Educação; Cidadania.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Grupo de Pesquisa em Análise de Produtos Audiovisuais.
Autor(a): Gislaine Stachissini Barros
Orientador(a): Jorge Miklos
Data da defesa: 20/04/2016
Resumo: Esta pesquisa analisa a interferência dos meios de comunicação no cenário religioso católico e apresenta o processo de transformação do ritual religioso tradicional em espetáculo religioso, em um cenário social afetado pelo processo de mediatização e mercantilização da sociedade. O problema que fomentou a pesquisa foi analisar como ocorreu o processo de transformação e espetacularização do campo religioso na Jornada Mundial da Juventude Rio 2013. Neste cenário, no qual se trabalha com valores tradicionais do catolicismo e atitudes sociais, transformando o território de encontros no território de massas emoldurado pela espetacularização, danças coreografadas, aplicativos e shows. Trata-se de uma pesquisa de caráter bibliográfico e exploratório, visando atingir o objetivo proposto a partir da análise de Debord (2005), Miklos (2012), Bauman (2008), Contrera (2005), Carranza (2009), Morin (2002), Cyrulnik (1995) e Hjarbard (2012). A Igreja Católica, que por muito tempo foi adversa ao espetáculo, por acreditar em incompatibilidade de visões de mundo entre o que prega a igreja tradicional e a sociedade de consumo, considerada pecaminosa e em desacordo com os seus princípios, hoje se apresenta como uma instituição produtora de sentidos, com uma lógica própria de interpretação e construção da realidade, a partir da visão de mundo mercantilizada. Neste sentido, a Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 demonstrou aspectos que confundem evento religioso com espetáculo mediático absorvido pela lógica da mediatização.
Palavras-chave: Comunicação; Religião; Jornada Mundial da Juventude; Ritual Religioso; Mediatização; Espetáculo.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia e Estudos do Imaginário.
Autor (a): Alexandre Ponzetto
Orientador(a): Mauricio Ribeiro da Silva
Data da defesa: 29/04/2016
Resumo: Na contemporaneidade, os jogos eletrônicos, por meio de consoles de videogames, apresentam novas formas de entretenimento por meio de narrativas que permitem aos usuários a imersão num vasto mundo virtual, enquanto as empresas de jogos, que fornecem essa possibilidade, crescem cada vez mais financeiramente, sendo que os lucros do mercado de games, superam, desde 2009 até o encerramento da pesquisa (2015), mais que a tradicional indústria cinematográfica. O objetivo da pesquisa está em analisar os fenômenos culturais que permeiam o sucesso dos 10 jogos mais vendidos para o Playstation 4, no ano de 2014, por meio de uma pesquisa bibliográfica, de caráter qualitativo, com cunho descritivo e exploratório e de recorte transversal, apoiada no método da complexidade e com o auxílio de conceitos extraídos dos Grupos de Pesquisa ‘Centro Interdisciplinar de Semiótica da Cultura (CISC)’ e ‘Mídia e Estudos do Imaginário’, nos trabalhos desenvolvidos por Norval Baitello Júnior, Christoper Wulf, Dietmar Kamper, Malena Segura Contrera e Mauricio Ribeiro da Silva, pensadores articulados ainda com outro grupo de pesquisadores voltados para o jogo e para o brincar, como Johan Huizinga, Roger Caillois e Janet Murray. O resultado da pesquisa aponta que os jogos analógicos, que não necessitam de aparato tecnológico para seu funcionamento, geram vínculos e possibilitam conexão, enquanto que os jogos eletrônicos invertem o processo, oferecendo conexões e apenas possibilitam o vínculo. Constatou-se, também, o conceito de Mediosfera nesse processo, com a diminuição de arquétipos em estereótipos, sendo que o processo de gameficação, mesmo que reducionista e com o enfoque em conexão entre homem e máquina, mostra-se rentável ao mercado de jogos eletrônicos. Para futuras pesquisas, sugere-se o estudo da relação do consumo de jogos eletrônicos de agôn com a cultura do politicamente correto e também com a presença do elemento morte em suas narrativas.
Palavras-chave: Gameficação; Imaginário Cultural; Vínculos Comunicacionais; Mediosfera.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia e Estudos do Imaginário.
Autor(a): João Marcelo Flores de Bras
Orientador(a): Simone Luci Pereira
Data da defesa: 09/05/2016
Resumo: Esta pesquisa busca compreender a cena musical do funk ostentação entre os jovens que vivem na periferia da cidade de São Paulo, mais especificamente da zona norte, nos bairros Brasilândia e Freguesia do Ó, a partir de suas apropriações e usos da cultura global, numa perspectiva pós-periférica que compreende um borramento de fronteiras entre centro e periferia. As práticas musicais analisadas mostram-se numa lógica que desafia e negocia, buscando sua legitimação, apropriando-se de símbolos de consumo de classes privilegiadas. Prioriza-se, nesta pesquisa, a questão da tecnicidade, das corporalidades, da cultura do consumo e das culturas juvenis em suas representações de pertencimento, configurando espaços interculturais cheios de apropriações cosmopolitas, porém em diálogo com a identidade cultural local, em seus processos de hibridismos. A metodologia usa a etnografia desta cena musical, bem como a análise de alguns videoclipes feitos por estes jovens; além disso, rastreamos a trajetória desta vertente do funk que, especificamente na cidade de São Paulo, ocorre de maneira singular, que versa sobre o consumo e seus símbolos de poder.
Palavras-chave: Funk Ostentação; Cena Musical; Identidade; Consumo; Culturas Juvenis.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Centro de Estudos em Música e Mídia.
Autor(a): Betina Bordin Pinto
Orientador(a): Jorge Miklos
Data da defesa: 15/05/2016
Resumo: Esta pesquisa tem por temática um estudo comunicacional a respeito do programa ‘The Love School’, veiculado pela Rede Record. O objetivo é verificar a representação da mulher transmitida por este programa, que se apropria de uma fala que ecoa o ‘imperativo da felicidade’ como estratégia de conquistar o telespectador e fidelizá-lo. O problema de pesquisa funda-se nas seguintes questões: Quais as estratégias midiáticas utilizadas pelo programa ‘The Love School’?; Qual o lugar social da mulher que o programa defende?; Segundo o programa, qual o papel que a esposa deve desempenhar no casamento para que o mesmo tenha êxito e o casal seja feliz? Para investigar estas questões, optou-se por percorrer dois momentos metodológicos. O primeiro passo da pesquisa consistiu em um estudo bibliográfico para construir um aporte teórico por meio do diálogo interdisciplinar entre teorias que investigam as relações entre comunicação, religião, imaginário midiático e violência contra a mulher. Foram basilares os estudos de Siepierski, Contrera, Eisler, Morin, Miklos, Romano, entre outros. O segundo passo incidiu na escolha, coleta e análise do corpus da pesquisa: quatro episódios do programa ‘The Love School’, veiculados em abril de 2014, com os seguintes títulos: Ansiedade no Relacionamento; Como lidar com as tentações; Virtual X Real; O Cruzeiro da Escola do Amor. Além desses episódios, analisaram-se também dois quadros: “Supervirtuosa” e “Dicas do Rô”. Foi escolhida como metodologia a análise de conteúdo tendo por referência os estudos de Lawrence Bardin. Os resultados encontrados mostraram que o formato midiatizado do programa interfere de maneira muito pontual nas relações de dominação patriarcal que subjazem ao imaginário midiático contemporâneo. As fórmulas de felicidade ensinadas pelos apresentadores, fazendo uso de um apelo emocional, naturalizam o papel da mulher induzindo que a condição natural da mesma é a de tornar-se uma esposa “bela, recatada e do lar”. Para ‘The Love School’, a “servidão voluntária” da esposa diante do marido é condição sine qua non para o êxito no casamento e na vida socioeconômica. Nesse sentido, o programa se revelou com um agente midiático que contribui para a manutenção da violência simbólica e para a criação de uma ‘mentalidade submissa’ que implica a minoração do lugar da mulher na sociedade.
Palavras-chave: Imaginário Midiático; Imperativo da Felicidade; Mentalidade Submissa; Servidão Voluntária; Violência Simbólica; The Love School.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia e Estudos do Imaginário.
Autor(a): Adriano Tadeu Nouman Sallun
Orientador(a): Malena Segura Contrera
Data da defesa: 06/06/2016
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivos apresentar em uma das obras mais celebradas e premiadas das histórias em quadrinhos, Sandman, do prolífico autor inglês Neil Gaiman, os elementos pós-modernos, mostrando ser essa uma marca tão característica desse autor em todos seus trabalhos. Em sequência, mostramos que o nosso objeto de estudo foi construído por meio da aglutinação de mitos, fantasias e lendas, que são condicionadores de vínculos sociais; é assim, um exelente exemplo de um produto de cultura de massa, tão do século XX, que busca por meio dessa ação sincrética, atender à demanda da indústria da cultura, que é a universalização, a homogeinização da cultura. Também tentamos mostrar que nosso objeto trata-se de uma obra que nos remete diretamente a uma parte da teoria sobre o imaginário desenvolvida por Gilbert Durand. Ao comparar outras obras do autor com nosso objeto, identificamos claramente a temporalidade pós-moderna tão marcante em seu texto; além disso, mostramos também como qualquer produto de cultura de massa, mesmo quando inovador, vai no passado buscar os elementos que irão constituir o centro da narrativa, no caso de Gaiman, desde mitologias diversas, principalmente a grega, passando por lendas medievais, usando referências da Era de Ouro dos quadrinhos, elementos da modernidade, até chegar no cenário gótico, o pós-punk, que marcaria toda a década de 1980. Mostramos que apesar de todo o aspecto soturno da obra, a mesma apresenta também os universos harmônicos e gregários, tão bem delineados no Regime Noturno das imagens. A investigação baseou-se em uma extensa pesquisa bibliográfica fundamentada em teóricos do Imaginário, do Mito e da Cultura, tais como Edgar Morin, Gilbert Durant, Mircea Eliade, Joseph Campbell, Norval Baitello Jr. e Malena Contrera, entre vários outros.
Palavras-chave: Pós-Moderno; Mitos; Imaginário; História em Quadrinhos.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia e Estudos do Imaginário.
Autor(a): Cesar Augusto Alencar de Oliveira
Orientador(a): Heloísa de Araújo Duarte Valente
Data da defesa: 06/06/2016
Resumo: Este estudo pretende reconstruir o imaginário da Itália com base em obras cinematográficas estadunidenses (ou por cineastas dessa nacionalidade), para analisar como a Itália é explorada pelo cinema a partir de seus traços particulares, sob a óptica dos diretores: da intensa vida cultural à desordem na vida cotidiana; o imaginário do locus no qual o amor romântico pode se realizar. Para tanto, foram selecionados quatro longas-metragens de épocas diferentes e contrastantes entre si (‘O Candelabro Italiano’, ‘Quando Setembro Vier’, ‘Para Roma com Amor’ e ‘Sob o Sol da Toscana’), que, no entanto, apresentam semelhanças e elementos em comum na forma de apresentar o romântico na Cidade Eterna e em outras regiões do país. Nestas obras, as cidades são exploradas como cartões-postais de catálogos de turismo que vendem o “passaporte para a realização amorosa”; os personagens, bem como suas atitudes, seguem padrões estereotipados. Some-se, de maneira complementar, o papel da música incidental e as canções-tema como elementos de forte impacto na semântica pretendida pelos diretores. Como principais referenciais teóricos, serviram de base para a análise os conceitos de performance (ZUMTHOR), o turismo como elemento simbólico de realização do amor e do imaginário (MORIN) e as formas de análise fílmica (AUMONT).
Palavras-chave: Cinema; Itália; Amor; Romântico.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Centro de Estudos em Música e Mídia.
Autor(a): Monik Costa Florian Lelis
Orientador(a): Mauricio Ribeiro da Silva
Data da defesa: 06/06/2016
Resumo: O cenário atual nos apresenta uma realidade em que as crianças não apenas influenciam as compras dos adultos, como muitas vezes decidem sobre essas compras. Além disso, a criança está muito exposta à televisão, pois mesmo com tantos aparatos tecnológicos existentes hoje em dia, ela continua sendo o meio ao qual as crianças estão mais expostas. Dessa forma, esse trabalho tem como tema central a discussão da relação entre infância e exposição midiática. Para isso, foi feita uma análise por meio da observação da programação da TV por assinatura, dos canais destinados às crianças, dos personagens presentes em seus desenhos e filmes e a observação de produtos e serviços existentes em supermercados, lojas, internet, entre outros. Pode-se verificar não somente a abrangência em locais de venda como a quantidade de produtos e serviços, identificando, assim, a relação existente entre o que a televisão apresenta para a criança e o que se encontra disponível no mercado para consumo. Nesse contexto, este trabalho tem por objetivo central discutir a relação de vínculo, pertencimento e mimese com o consumo de produtos midiáticos por parte do público infantil, tendo como consequência o consumo de produtos e serviços, qualificando, dessa forma, a criança como um pequeno consumidor. Deste modo, verificou-se que há mais do que entretenimento no que é apresentado nos desenhos e filmes infantis e por meio de seus personagens. Para a realização deste trabalho foi necessária a construção de uma base teórica, conceituando alguns dos fatores presentes no processo comunicacional como o consciente, o inconsciente, a razão e a emoção, entendendo a relação entre o corpo, a infância e as experiências pré-predicativas, assim como as imagens em seus aspectos endógenos e exógenos, o vínculo, o pertencimento e a mimese. Para a análise deste corpus utilizamos, principalmente, a teoria da imagem de Norval Baitello Jr. e Maurício Ribeiro da Silva, a teoria da mimese de Günter Gebauer, Christoph Wulf e Malena Contrera, a teoria do imaginário de Gilbert Durand e a teoria da complexidade de Edgard Morin.
Palavras-chave: Infância; Mimese; Vínculo; Consumo; Comunicação.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia e Estudos do Imaginário.
Autor(a): Adriana Aparecida Cury
Orientador(a): Antonio Adami
Data da defesa: 13/06/2016
Resumo: Este estudo teve como objetivo principal detectar transformações no fazer jornalístico de emissoras de rádio com a acentuação da convergência tecnológica na última década, em especial no tocante à interatividade ou interação com o ouvinte. Para esta consideração delineamos o cenário do radiojornalismo a partir das novas tecnologias de comunicação para elucidar, como primeiro objetivo, as possibilidades de captação, produção e veiculação de notícias nesse novo cenário, e, como segundo, de que modo a adesão dos meios de comunicação ao ambiente da internet, com destaque para a inauguração de sites, disponibilização de podcasting, recursos de audição via web e diversos canais de comunicação com o público, ou seja, o jornalismo digital, modificou a organização interna das emissoras e as funções dos jornalistas e, ainda, como essas alterações mudaram o conceito de que o ouvinte é feito para ouvir e inauguraram um outro, completamente diferente, a saber: o de que o ouvinte faz a pauta. Para tanto, foram estudadas três emissoras jornalísticas paulistanas no período de maior audiência do meio, o matutino. As rádios Bandeirantes AM, CBN e BandNews FM foram escolhidas por serem, as três, exemplos de como a convergência tecnológica alterou a forma do fazer jornalístico. Na primeira, mais antiga, muitos âncoras são da época da máquina de escrever mecânica e do tempo em que só se comunicavam com ouvintes por cartas e postais; hoje, no entanto, eles trocam mensagens, leem e comentam comunicações enviadas pelo WhatsApp. Na segunda, um pouco mais jovem, a interatividade com o ouvinte é tal que há um quadro semanal chamado “Você faz a pauta” em que é levada ao ar reportagem produzida com base na sugestão do público. Na terceira, um fato inédito: o âncora de maior audiência da emissora chegou a divulgar para os ouvintes o seu celular pessoal para que enviassem opiniões, sugestões, reclamações que, na medida do possível, são levadas ao ar. Três emissoras, três exemplos significativos de interatividade, três situações, três perspectivas de como a convergência tecnológica altera, entre outros motivos, por meio da participação efetiva do ouvinte na programação, o fazer jornalístico no radiojornalismo. No trabalho de campo com seis apresentadores dessas emissoras, todos foram unânimes em atestar que não se faz mais radiojornalismo sem a presença marcante dos ouvintes, sugerindo pautas, passando notícias em primeira mão, contestando ou concordando com a opinião dos âncoras. Neste sentido, concluímos que, ainda que haja limitação do número de mensagens levadas ao ar e filtros de acordo com os critérios de noticiabilidade, ficou para trás o tempo em que o ouvinte era feito para ouvir, pois, atualmente, as emissoras que não derem espaço para participação dos ouvintes e que não mantiverem interação constante com a audiência perdem em fluxo e em qualidade de informações e ficam cada vez mais sujeitas à perda de espaço para outros meios de comunicação, uma vez que prestação de serviço e instantaneidade são as principais e mais atrativas características do rádio.
Palavras-chave: Convergência; Interatividade; Rádio; Radiojornalismo; Ouvinte.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia e Estudos do Imaginário.
Autor(a): Jerônimo Teixeira Strehl
Orientador(a): Solange Wajnman
Data da defesa: 27/06/2016
Resumo: Por meio dos estudos de intermidialidade, esta pesquisa buscou analisar as ressignificações ocorridas pela apropriação e atualização a um público fruidor contemporâneo, da estética totalitária nazista, materializada pelas diversas instâncias da obra de ficção ‘Jogos Vorazes’.
Palavras-chave: Intermidialidade; Jogos Vorazes; Nazismo; Remediação; Desigualdade; Distopia.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Moda, Comunicação e Cultura.
Autor(a): Fátima Regina Nunes
Orientador(a): Barbara Heller
Data da defesa: 28/06/2016
Resumo: Esta pesquisa busca compreender o hibridismo cultural da Festa das Cerejeiras do Parque do Carmo, a partir do momento em que foram implantados os conjuntos habitacionais da COHAB, na década de 1980, na região de Itaquera. O programa promoveu a maior migração urbana na história de programas de moradias populares no Brasil, razão pela qual esses sujeitos de outras regiões do Estado e do país, que migraram para Itaquera, consideram a cultura da comunidade oriental, do subdistrito Colônia Japonesa, como seu patrimônio cultural e imaterial. A primeira referência bibliográfica que fundamentou essa pesquisa foi ‘Os estabelecidos e os outsiders’, de Norbert Elias, para conhecermos como se dão as interações entre os grupos que formam uma sociedade e a aceitação de novos membros heterogêneos. Definimos a busca de dados na mídia local, para seleção e análise documental dos registros do jornal do bairro, o ‘Notícias de Itaquera’, com suas publicações dos anos de 1979 a 1986. Foi definido esse momento pela importância na história local, quando a Festa das Cerejeiras tem início simultâneo à entrega das chaves dos apartamentos populares. Analisamos, também, como esses sujeitos foram representados e apresentados na mídia local e, posteriormente, nas mídias massivas, televisão, especialmente o Quadro Verde da Rede Globo e o jornal ‘Folha de S. Paulo’; pós-massivas da internet, como as redes sociais. Observamos que, partindo do utilitário (produção de alimentos) para o simbólico (flores e festa das cerejeiras), os japoneses ressignificaram a Festa e o espaço do Bosque das Cerejeiras como patrimônio simbólico cultural desse coletivo.
A divulgação do evento pelas mídias televisivas e virtuais incentivou um grande deslocamento de turistas urbanos e as redes sociais mesclam os estabelecidos e os outsiders, formando novas comunidades virtuais. O pensamento de mito fundador, amplamente difundido nas páginas do jornal local, mesmo com todas as transformações nos meios de comunicação massivos e pós-massivos, atualmente ressoam na voz do público que frequenta a festa.
Palavras-chave: Festa das Cerejeiras; COHAB; Hibridismo; Notícias de Itaquera; Folha de S. Paulo.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia, Cultura e Política: Identidades, Representações e Configurações do Público e do Privado no Discurso Midiático.
Autor(a): Adriano Gonçalves Larangeira
Orientador(a): Jorge Miklos
Data da defesa: 29/06/2016
Resumo: A história do Brasil, no século XX, é marcada pela implantação de um Estado Autoritário que durou 21 anos (1964-1985). Publicações recentes (SILVA, 2014), (LARANGEIRA, 2014), acrescentam o adjetivo ‘midiático’, enfatizando a participação da mídia brasileira na criação de um sentimento nacional propício à deflagração do golpe e à manutenção do governo. Se a mídia contribuiu para a instalação do regime ditatorial no Brasil, ela também, ou uma parte dela, se tornou oposição aos militares, motivo pelo qual alguns meios de comunicação foram censurados. Na oposição ao Estado Autoritário, também teve papel fundamental a Igreja Católica, especialmente a paulistana, cujo líder, Dom Paulo Evaristo Arns, seria a "figura-símbolo” na luta pelo processo de redemocratização. Partindo desse contexto, este estudo se propôs a examinar a atuação da imprensa católica paulistana na defesa dos Direitos Humanos por meio do um resgate da história do Semanário “O São Paulo”, jornal oficial da Arquidiocese de São Paulo, criado em 1956, com o objetivo de difundir os valores católicos entre os fiéis. Porém, a partir de 1970, quando a Arquidiocese de São Paulo é liderada por Dom Paulo Evaristo Arns, o jornal sofre uma mudança na sua linha editorial, que passa a atuar como crítico ao Estado Autoritário, contra a repressão, postura que irá culminar na instalação de uma censura prévia no semanário. A pesquisa se configura, metodologicamente, como bibliográfica, baseada em um quadro teórico de referência específico nos estudos acerca das relações entre os campos da mídia, da política e da religião, com enfoque nas reflexões de Ribeiro (1989), Aquino (1999), Lanza (2006), Miklos (2013), Larangeira (2014), Silva (2014), entre outros. Os resultados indicam que “O São Paulo” utilizou como estratégia comunicacional a articulação entre direitos humanos e a religiosidade cristã. Dessa forma, a imprensa católica tornou-se um instrumento de resistência ao Estado Autoritário. A imprensa católica procurou conscientizar a população paulistana católica acerca do vínculo indissolúvel entre esses dois valores trazendo para a cena religiosa a necessidade de se forjar na prática pastoral católica um espírito de compromisso com a luta pela liberdade e pela dignidade da pessoa humana. Nesse sentido, a impressa era imprescindível, pois na época tratava-se de um meio de comunicação de grande relevância entre o público católico.
Palavras-chave: Estado Autoritário; Direitos Humanos; Imprensa Católica; O São Paulo.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Contribuições da Mídia Para a Interação Entre Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Mídia e Estudos do Imaginário.
Autor(a): Estevaldo Francisco Franco dos Santos
Orientador(a): Heloísa de Araújo Duarte Valente
Data da defesa: 15/08/2016
Resumo: A dissertação aborda a linguagem e a estética da produção audiovisual formulada na década de 1980. Oriunda da junção entre arte e tecnologia, o suporte contemporâneo do audiovisual abriga imagens, sons e textos, constituindo-se numa linguagem nova e particular, o vídeo. O objetivo é mostrar a sua importância nos estudos midiáticos, assim como os distanciamentos e proximidades com a linguagem do cinema e da televisão, a partir das obras de alguns protagonistas, no Brasil. Objetiva-se, igualmente, reconhecer o vídeo como meio híbrido e aberto a novos desdobramentos, pois ele foi o responsável por transformar uma das primeiras mídias de transição da tecnologia analógica para a digital, marcando não apenas o seu tempo presente, mas sendo indicador do futuro para esses novos meios híbridos da linguagem audiovisual. Por meio dos estudos de caso, pesquisamos dois núcleos de produção de vídeo, a “TVDO” e “Olhar Eletrônico”, e seus primeiros trabalhos para a televisão; apontamos as diferenças e afinidades entre as mídias que se traduzem como processos de transformação, distorção, recombinação, complexidade e fusões que identificam a linguagem e a estética do vídeo chamando a reflexão para o desenvolvimento dos estudos midiáticos.
Palavras-chave: Audiovisual. Estética. Linguagem. Vídeo.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Centro de Estudos em Música e Mídia.