Autor(a): Vânia Pagano Ferreira
Orientador(a): Barbara Heller
Data da defesa: 21/02/2003
Resumo: A televisão no Brasil é considerada o mais importante meio de comunicação nas últimas décadas. Surgiu em nosso país no início dos anos cinquenta, ainda sem muita técnica e à procura de audiência.
Nos anos 60 surgiram os primeiros comunicadores de auditório e as telenovelas.
Nos anos 70 a televisão brasileira conquistou a tecnologia da cor, os efeitos eletrônicos e a formação de redes via satélite.
Nos anos 80 surgiu a TV a cabo e a expansão do vídeo-cassete caseiro. Os anos noventa contaram com a inauguração de emissoras independentes e a TV interativa, onde o telespectador participa por telefone ou via internet da programação.
Difícil falar em televisão sem percorrer os dois lados da moeda: bem e mal, certo e errado, divertido e assustador, verdadeiro e falso, real e irreal. Estas oposições sugerem a ambiguidade que os telespectadores, os críticos de televisão, segundo Bourdieu (1997), têm dela, pois a televisão pode ser definida como a caixinha da distração e da destruição. Por um lado, ela é o principal canal informativo da sociedade, uma opção barata de lazer, algo que distrai, relaxa e aliena. Ainda segundo Bourdieu:
"Uma parte da ação simbólica da televisão, no plano das informações, por exemplo, consiste em atrair a atenção para fatos que por sua natureza interessam a todo mundo, dos quais se pode dizer que são amnibus -- isto é, para todo mundo. Os fatos-ônibus são fatos que, como se diz, não deve chocar ninguém, que não envolvem disputa, que não dividem que formam consenso, que interessam a todo mundo, mas de um modo tal que não tocam em nada de importante. [...] A televisão tem uma espécie de monopólio de fato sobre a formação das cabeças de uma parcela muito importante da população. Ora, ao insistir nas variedades, preenchendo este tempo raro com o vazio, com o nada ou quase nada, afastam-se as informações pertinentes que deveria possuir o cidadão para exercer seus direitos democráticos". (Bordieu, 1997, p. 23-4).
Assim, podemos considerar a televisão, enquanto mídia, como manipuladora e agente de deformação da realidade.
Em 1999, no Brasil, foi realizada a pesquisa intitulada "A mulher retratada pela TV", pela Tver, com mulheres entre 15 e 54 anos, casadas, solteiras, estudantes, donas de casa e profissionais, a fim de verificar se a televisão brasileira constrói imagens alienantes da mulher. Em outras palavras: buscava-se verificar se a televisão brasileira insistia na reiteração de "imagens consensuais e sem consequências sobre a cidadania das mulheres", ou se ela permitia a crítica dos papéis que as mulheres exercem na sociedade brasileira. (A pesquisa da Tver está descrita no anexo).
Constatou-se nesta pesquisa que as mulheres estão insatisfeitas com os programas feitos para elas e, mais ainda, como vêm sendo retratadas no vídeo.
No geral a mulher considera que a programação da TV aberta é machista, não ajuda as mães a educarem os filhos, trata o sexo como modismo, com futilidade e não informa nada.
Suzana Alves - A Tiazinha -, as mulheres que participam do quadro A banheira do Gugu e do Disque 0900 foram citadas pelas entrevistadas como exemplos televisivos pouco convenientes para meninas, divulgando uma mulher usável e descartável.
Entretanto, foram citadas mulheres que enaltecem a imagem feminina, com um perfil que concilia a mulher charmosa, casada, mãe e profissional de sucesso, como Fernanda Montenegro e Fátima Bernardes.
As adolescentes entre 15 e 19 anos apontam que a sensualidade é a principal característica precoce das meninas.
Inspirados pela Tver, decidimos realizar uma pesquisa semelhante em 2001 com um grupo de alunas para quem ministramos aulas de Educação Artística no Colégio Emilie de Villeneuve, instituição privada de ensino, situada na zona sul da cidade de São Paulo.
Pesquisamos 130 alunas, com faixa etária de 12 a 14 anos, que cresceram vendo programas infantis apresentados por mulheres erotizadas como Xuxa, Angélica, Mara Maravilha e outras.
Neste estudo de caráter exploratório, nosso objetivo foi observar se a adolescente incorpora modelos da programação da televisão atual e levantar quais figuras femininas estão lhes servindo de modelo.
Para isso, foi solicitado às alunas que:
1. Desenhassem e escrevessem como elas percebem o papel da mulher na sociedade;
2. Desenhassem e escrevessem como elas se vêem se vestem que lugares frequentam e como é seu mundo.
As respostas, predominantemente visuais, mostraram que as adolescentes reconhecem que a mulher, hoje, tem papel atuante na sociedade, pois ela trabalha fora de casa, estuda, vota, tem filhos e casa e dá conta de todos os afazeres profissionais, domésticos e familiares.
Por se tratar de um estudo exploratório, o tratamento dado ao material realizado pelas adolescentes foi qualitativo, com pouco compromisso de ordem estatística. Deve-se esclarecer, ainda, que se escolheu a técnica da expressão predominantemente visual por flexibilidade (não pressupõe uma norma rígida de realização) e por sua pertinência à disciplina Educação Artística, que ministramos há 25 anos.
Segundo os teóricos Rodolf Miuiss, Içami Tiba, Clara Rappaport, na adolescência há uma fase de formação e descobertas. Os pensamentos estão sempre em ebulição, fazendo com que as adolescentes ajam de formas variadas e inconstantes.
As mudanças se refletem no corte de cabelo, no corpo, naquilo em que acreditam ou de que duvidam.
Através dos desenhos, percebem-se estilos e maneiras diferentes de ser, que identifica a que grupo a adolescente pertence ou gostaria de pertencer, determinando, assim, o seu modo de vestir ou que gostaria de vestir, a música que ouve ou gostaria de ouvir, o lugar que frequenta ou gostaria de frequentar.
Finalizando a pesquisa, buscou-se identificar qual a emissora de televisão preferida pelas adolescentes e quais as mulheres com quem mais elas se identificam.
Palavras-chave: Mídia Televisiva. Mulher. Adolescente.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Forma, Imagem e Corpo.
Autor(a): Anna Regina Meirelles
Orientador(a): Juan Droguett
Data da defesa: 28/02/2003
Resumo: Esta Dissertação busca contribuir para a reflexão sobre os pressupostos das práticas de gestão nas organizações e sua interatividade comunicativa dentro de um panorama de globalização. Os efeitos da globalização e a ação da mídia, especialmente a mídia impressa, têm provocado mudanças nas práticas de gestão nas empresas e transformado o cenário social e cultural.
A metodologia do presente trabalho é baseada nas teorias da comunicação e das teorias da administração para analisar a adoção dos modelos de gestão nas empresas. A pragmática do pensamento peirciano e a apresentação dos modelos de gestão Seis Sigma e Gestão pela Qualidade Total ilustram as estratégias de comunicação social das empresas na implementação desses modelos. A análise de artigos veiculados na mídia jornalística é apresentada como ilustrações dos efeitos sociais da mídia quanto a informações sobre modelos de gestão nas organizações.
As conclusões finais levantadas reconhecem a importância e preponderância da mídia escrita na divulgação de livros sobre os modelos de gestão. Considerações de critérios das ações midiáticas são necessárias às organizações no que diz respeito à adoção, ou não, dos modelos de gestão em suas empresas, bem como às apropriações que as empresas podem fazer de conceitos da comunicação como meios de ações estratégicas que promovam o ideal estético de uma ação participativa e coletiva, cujo maior recurso é a capacidade humana abdutiva.
Palavras-chave: Teorias da Comunicação. Administração. Mídia.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Cultura Midiática e Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Cultura de Massas e os Meios de Comunicação do Século XXI.
Autor(a): Fátima Maria Conti Pimenta
Orientador(a): Barbara Heller
Data da defesa: 27/03/2003
Resumo: A década de 30 é lendária para a música popular brasileira. O samba instituiu-se com seu gênero por excelência. A partir de 1935, as escolas de samba integraram-se definitivamente aos festejos do carnaval carioca. As emissoras de rádio se popularizaram, ampliaram e diversificaram seus programas, criaram talentos e músicas significativas cantadas até hoje.
A grande fase da música popular brasileira, que durou de 30 a 50, chamada "Época de Ouro", trouxe a renovação musical e a criação de novos ídolos: os cantores e as cantoras do rádio.
Esta dissertação (a) busca refletir a representação das mulheres, no Brasil dos anos 30 a 50, nas letras de músicas escritas por homens no período estudado; (b) constata a permanência dessas músicas no cancioneiro popular brasileiro até os nossos dias e (c) tece considerações a respeito do compositor Mário Lago que, dentre os compositores aqui apresentados, foi um artista participante das lutas político-sociais brasileiras, mais que os outros compositores.
Palavras-chave: História. Rádio. Análise. Mario Lago.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Cultura Midiática e Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Comunicação, Cultura e Memória.
Autor(a): Renata Castro Cardias
Orientador(a): Bárbara Heller
Data da defesa: 03/04/2003
Resumo: EmA representação do espaço turístico de Ouro Preto na mídia impressa especializada, apresenta-se a formação da Revista e do Turismo no Brasil, desde o início até a segmentação; identificam-se as características da cidade turística de Ouro Preto; apresentam-se os perfis mercadológicos das revistas Horizonte Geográfico e Viagem e Turismo; analisa-se o tratamento editorial das reportagens divulgadas pelas revistas estudadas entre o período de 1995 a 2002; estabelece-se uma comparação entre as revistas e verifica-se se a mídia impressa especializada influencia a motivação turística.
Palavras-chave: Comunicação. Mídia Impressa. Revista.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Cultura Midiática e Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Cultura Midiática e Turismo.
Autor(a): Maria Helena Magalhães Sarmento Afonso
Orientador(a): Juan Droguett
Data da defesa: 25/06/2003
Resumo: A presente dissertação, A mesa, símbolo de comunicação midiática, enfoca esse objeto sob o ponto de vista midiático da comunicação através dos relacionamentos sociais e culturais, além de inseri-lo no espaço do multiculturalismo. Para tanto, trilha a história da alimentação, da etiqueta e encontra, por extensão, os usos da mesa como meio de comunicação.
O aspecto simbólico da mesa e sua interação com seus protagonistas é analisado através de quatro filmes, produzidos em países distintos e que enfocam o comportamento e os valores estéticos nas diferentes culturas. Os filmes, que constituem o corpus do trabalho, são: A Festa de Babette (dinamarquês), Comer Beber Viver (chinês), Chocolate (anglo-americano) e Como Água para Chocolate (mexicano).
Palavras-chave: Comunicação. Mediação. Multiculturalismo. Etiqueta.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Moda, Comunicação e Cultura.
Autor(a): Wagner Magalhães
Orientador(a): Eunice Vaz Yoshiura
Data da defesa: 22/09/2003
Resumo: Esta pesquisa se caracteriza como exploratória e tem como objetivo principal explicitar como a imagem contribui para a construção do sentido no produto cinematográfico. Trata-se de um estudo de caso que focaliza o filme Central do Brasil, de Walter Salles. Tendo como hipóteses que esse filme, à semelhança de um poema, compõe-se de rimas visuais (Salles, 2001) e que seu sentido se constrói a partir de um jogo de semelhanças e polaridades (Bellour, 1997), foi feita uma análise de conteúdo de suas imagens, conforme a abordagem metodológica de Bardin, que inclui, entre os domínios possíveis de aplicação, o icônico (Bardin, 2000). Após uma pré-análise, constituiu-se uma seleção de catorze cenas e, a partir dos seus elementos visuais que se configuravam de forma significativa (Arnheim, 2002), foram estabelecidas relações cromáticas, morfológicas e topológicas (Dondis, 2000), obtendo-se a geração de significados e sentidos. As cenas foram classificadas em pares, tomando-se como referência o modelo das polaridades, e foi feita sua leitura em termos das relações encontradas em cada par e também no seu conjunto. O sentido do filme foi construído com base no pensamento relacional heideggeriano, isto é, foram estabelecidas relações entre as diversas cenas selecionadas, no enfoque das categorias terra, céu, homem e deuses (Heidegger, 1992).
Palavras-chave: Cinema. Imagem. Rimas Visuais. Construção do Sentido.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Cultura Midiática e Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Comunicação, Criatividade e Cidadania.
Autor(a): Antonio Carlos Alberto Bueno
Orientador(a): Adilson José Ruiz
Data da defesa: 30/09/2003
Resumo: Esta pesquisa pretende revelar as contribuições que a comunicação tem dado à educação pelas teleaulas, inserindo a convergência dos campos educação e comunicação no âmbito das mediações tecnológicas, apresentando ao país este novo, emergente e necessário profissional, que atua como mediador na tele-ensino e nas tellessalas por todo o país: o Educomunicador. (COSTA, Maria Cristina Castilho - in: SOARES, 2001).
Abordaremos a trajetória da E.J.A. - Educação de Jovens e Adultos e da Tele-educação no Brasil, passando pelas primeiras leis que a regulamentaram, a participação da pedagogia libertadora do oprimido como metodologia inserida na E. J. A. (FREIRE, 1974) e as demais práticas sócio-construtivistas na alfabetização, inclusive no período da ditadura no Brasil.
Não poderiamos deixar de mencionar as características do ensino supletivo e este como ensino à distância, com a introdução da tele-educação no Brasil com o embrionário telecurso 2º grau, e seus sucessores, como o atual TELECURSO 2000, apresentando este como novo formato para a tele-educação nacional. Neste contexto, analisaremos os números, os principais usos, o perfil do aluno do telecurso, o currículo e os materiais empregados, a proposta pedagógica e o padrão das aulas de televisão.
Além de apontar as contribuições que o campo Educomunicação trouxe para a tele-educação, desvelaremos, também, como objeto de estudo desta pesquisa, todo o discurso audiovisual presente no ensino a distância pela tele-educação, como estudo da realização televisual do TELECURSO 2000. Esse processo de desvelamento pode ser considerado uma abordagem epistemológica até então inédita em programas de pós-graduação em comunicação no país, até pelas características e vieses presentes nos instrumentos teóricos, empregados na transmutação educomunicacional como contribuição ao processo criativo e de roteirização das teleaulas.
Ao analisarmos uma série, das mais de 1300 teleaulas, pudemos imergir nos ambientes horizônticos, que a hipermídia e a arquitetura hermenêutica, (BAIRON & PETRI, 2000) trazem como estética conceitual na narrativa dramatúrgica das teleaulas, e como os elementos do discurso na transmutação (BALOGH, 2002), contribuíram para a qualidade presente na tele-educação brasileira, apresentando o TELECURSO 2000 como modelo de ensino supletivo a distância, exportado para mais de 60 países.
Encerramos este trabalho com a contextualização midiática do processo de realização do TELECURSO 2000, analisando também os paradoxos educomunicacionais, concluindo que, mesmo com as dimensões territoriais que temos no Brasil, iniciativas e parcerias -- como esta entre a Fundação Roberto Marinho e a FIESP -- puderam oferecer, a todos que procuram o ensino supletivo através do TELECURSO 2000, oportunidades iguais àqueles a quem a vida deu caminhos mais privilegiados.
Palavras-chave: Educomunicação. Telecurso. Discurso Audiovisual.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Cultura Midiática e Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Cultura Midiática e Turismo.
Autor(a): Silmara Maria Machado
Orientador(a): Juan Droguett
Data da defesa: 07/10/2003
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo discutir o cinema enquanto mídia, despertando, para a ficção de seus filmes, personagens femininas e trazendo a idéia de que nelas se revelam estruturas ou temáticas dos adormecidos contos de fadas.
A Fada Azul, advinda de Pinóquio, de Carlo Collodi, transposta para a figura da mãe em Inteligência Artificial, de Stanley Kubrick e Steven Spielberg, constitui o primeiro recorte desta dissertação. Por possuir uma estrutura de contos de fadas, este filme conduziu grande parte desta pesquisa. Já em Atração Fatal, de Adrian Lyne, a bruxa se revelou na sua principal personagem feminina, através das ações e desejos similares aos da madrasta de Branca de Neve, dos irmãos Grimm, que vieram ao encontro da face sintomática da mulher contemporânea.
A fada e a bruxa dos contos, despertadas na ficção cinematográfica, colocam-nos diante de dois comportamentos de mulheres: vimos a fada na mulher que conduz sua vida consciente de sua função criadora e a bruxa na mulher que não atingiu esta consciência ou que, no nível de sua inconsciência, encontrou uma saída para a verdade de seu próprio desejo.
Palavras-chave: Comunicação. Cinema. Mulher. Contos de Fadas. Ficção. Título.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Forma, Imagem e Corpo.
Autor(a): Sueli Garcia
Orientador(a): Juan Droguett
Data da defesa: 14/10/2003
Resumo: Arquitetura do espaço cinematográfico é uma dissertação inserida no eixo do processo comunicativo da construção das mensagens que os filmes de ciência-ficção transmitem em termos de cenários que possibilitam a interação entre realizadores, cenógrafos e público receptor.
O espaço cenográfico contém uma intenção comunicativa que não só define o cinema como um meio de comunicação de massa, como também um lugar para a criação artística e cultura que prefigura o devir do tempo e do espaço graças ao valor performático da ficção.
A análise das cenografias dos filmes escolhidos -- 1) 2001, Uma Odisséia no Espaço (Stanley Kubrick - 1968); 2) Blade Runner, O Caçador de Andróides (Ridley Scott- 1982) e 3) Matrix (Andy e Larry Wachowski - 1999) -- parte dos pressupostos das matérias e técnicas do espaço representado e dos efeitos receptivos inscritos na subjetivação das mesmas. Para este efeito, as categorias aplicadas são a techné, a mímesis, a poiesis, o uso da câmera e a poética do espaço cenográfico usadas na leitura de cada cenografia.
O primeiro capítulo, "Cenografia, a Imagem do Espaço em Movimento", pretende dar conta da relação anteriormente enunciada entre o cinema como mídia e seu poder comunicativo enquanto efeito, passando pelas origens do cinema até seu reconhecimento como prática artística na configuração de cenografias.
O segundo capítulo "Arquitetura Cenográfica" falará dos antecedentes dramáticos do cenário, de sua topologia artesanal e dos espaços evoluídos da criação.
O terceiro e último capítulo focará a incorporação na cenografia dos efeitos especiais relacionados de forma natural nos filmes de ficção científica que trazem à tona o mundo virtual com o qual o cinema tem um encontro marcado.
Tanto as considerações finais como a bibliografia dessa dissertação faz parte de uma outra cenografia que comprometerá metodologicamente o processo de construção o tempo todo.
O percurso e o desfecho deste trabalho serão traçados pela dinâmica do objeto que se revelará na mobilidade do espaço cenográfico.
Palavras-chave: Cinema. Cenografia. Filmes. Ficção.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Comunicação, Criatividade e Cidadania.
Autor(a): Tânia Andrade Moraes e Silva
Orientador(a): Juan Droguett
Data da defesa: 02/12/2003
Resumo: O cativeiro da imagem e a liberdade abdutiva da linguagem cinematográfica é uma dissertação inserida no processo de comunicação que procura salientar o contraponto entre as idéias de cativeiro provocadas pelas imagens midiáticas e aquilo que estas representam nos processos da descoberta que o cinema é capaz de propiciar para si como uma prática midiática e para seus espectadores. Dentro desta relação e sob a ótica das mais modernas teorias da recepção e do conhecimento, a linguagem cinematográfica se descobre como um modo de expressão da intenção comunicativa dos seus realizadores.
Beleza americana é a âncora para falar da fenomenologia do cinema, dos seus métodos de apreensão da narrativa ficcional, das funções comunicativas da linguagem cinematográfica e dos efeitos preceptivos que as imagens podem causar nos espectadores. O balé da sacola ao vento é o ponto crucial deste trabalho porque ilustra e evidencia a hipótese abdutiva sobre o poder da imagem que perpassa a mediação das câmeras para situar-se no plano da recepção midiática com todos os efeitos emotivos decorrentes dos processos de identificação que as personagens nos propõem em termos de humanidade e de humanização pela arte.
Palavras-chave: Comunicação. Cinema. Linguagem. Filmes. Estética da recepção.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Cultura Midiática e Turismo.
Autor(a): Deise Alcântara Carreiro
Orientador(a): Juan Droguett
Data da defesa: 02/12/2003
Resumo: Esta dissertação refere-se ao ato da leitura das imagens do corpo da mulher. Pontuamos que, se o corpo da mulher foi na Pré-História um objeto matricial; na Antiguidade, um objeto estético; na Renascença, um objeto público; na Modernidade, um objeto produtivo; hoje em dia, recupera o seu caráter matricial longe de sua base orgânica, no mundo da ficção, no mundo virtual do ciberespaço.
Palavras-chave: Comunicação. Imagens. Mulher. Feminino. Mídia.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Cultura de Massas e os Meios de Comunicação do Século XXI.
Autor(a): Marcia Cannavan Nunes
Orientador(a): Solange Wajnman
Data da defesa: 05/12/2003
Resumo: O trabalho realiza um estudo sobre a tendência que é observada na publicidade a partir da década de 60, quando o direcionamento na forma de comunicação de um anunciante sofre alteração, passando a enfatizar os valores agregados de um produto. Nesta pesquisa especifica, demonstramos esta tendência em comerciais de televisão, cujo apelo principal está baseado nas referências imagéticas de filmes cinematográficos. Esta relação entre o cinema e a publicidade é abordada desde os primórdios do cinema no início do século XX, quando passamos a ter contato com a indústria cultural ocasionada por este veículo de comunicação. Com a chegada da televisão no Brasil e a evolução que este meio obteve, a publicidade seguiu de perto este processo evolutivo, fazendo as devidas adaptações de linguagem. Percebemos que a televisão tornou-se o veículo de comunicação de maior abrangência no território nacional e o meio preferido dos anunciantes publicitários.
Como o foco da pesquisa é a tendência dos comerciais de televisão que utilizam referências imagéticas do cinema, abordamos este processo por uma visão teórica, quando relacionamos o trabalho do publicitário com o do bricoleur, e por uma visão prática, quando mostramos alguns exemplos de comerciais de televisão onde esta tendência é percebida e cujo estudo está de acordo com a pesquisa desenvolvida para este trabalho.
Palavras-chave: Cinema. Publicidade. Propaganda. Comercial de Televisão.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Moda, Comunicação e Cultura.
Autor(a): Janaína de Melo Rodrigues
Orientador(a): Juan Droguett
Data da defesa: 08/12/2003
Resumo: O Fascínio da Mídia pelo Fenômeno do Autismo é uma dissertação que tem como objetivo demonstrar de que forma a mídia incorpora nas suas produções a imagem do autista.
O fenômeno do autismo aparece na nossa cultura, atrelado aos fenômenos patológicos como um sintoma do impasse entre as ciências cognitivas e as ciências humanas.
A cultura dos meios de Comunicação Social tem se preocupado em decifrar os signos através dos quais os autistas expressam seus modos de ser no mundo, completamente fora dos padrões do comportamento social, gerando assim um enorme fascínio principalmente das mídias que usam a ficção como eixo de suas produções.
Palavras-chave: Mídia. Autismo. Comunicação. Cinema.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Cultura Midiática e Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Comunicação, Criatividade e Cidadania.
Autor(a): Antonio Carlos Pontes Franchi
Orientador(a): Juan Droguett
Data da defesa: 05/12/2003
Resumo: Diante de uma nova ordem tecnológica, social e cultural, a imagem insurge do fascínio e efervescência de sua plasticidade sígnica, encurtando os caminhos da compreensão humana, padronizando seus efeitos e se firmando como o principal instrumento da comunicação social.
A imagem, objeto sígnico da comunicação é reconstruído nesta dissertação a partir de algumas ilustrações escolhidas e da análise de suas formas, dos discursos sociais, culturais e ideológicos que a sustentam, e dos efeitos estéticos produzidos no ato receptivo, inserindo o sujeito em uma rede de linguagens que constitui suas experiências humanas. Esta reconstrução do objeto é contextualizada no ato comunicativo, em um sistema de mediações receptivas que se inicia na percepção, nutrindo-se da emoção ao sabor das expectativas, até se constituir nos sentidos e nos efeitos persuasivos.
A persuasão pela imagem é uma extensão dos efeitos estéticos que decorrem do ato de comunicar, agindo a partir desta interação historicamente constatada nos estudos da comunicação midiática. Este processo de persuasão encontra no papel retórico da imagem, antes reservado à palavra, seu mais decisivo instrumento, cujos efeitos se refletem no tempo e no espaço humano.
Palavras-chave: Teoria da Comunicação. Intenção Comunicativa. Persuasão.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Cultura Midiática e Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Forma Imagem e Corpo.
Autor(a): Jarbas Gomes Remonte
Orientador(a): Juan Droguett
Data da defesa: 09/12/2003
Resumo: Nesta dissertação, dividida em três capítulos, caracteriza-se a adolescência como uma construção sócio-econômico-cultural e analisa-se o processo de desenvolvimento de uma cultura específica da juventude urbana durante a segunda metade do século XX; conceitua-se linguagem corporal e formula-se uma hipótese explicativa de sua construção pelo adolescente urbano no contexto da cultura midiática; demonstram-se como as indústrias cinematográfica e televisiva elaboraram suas representações da juventude a partir de uma relação dialética, em que se confundem os papéis de representação e representada.
Palavras-chave: Comunicação. Linguagem Corporal. Adolescência.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Cultura Midiática e Grupos Sociais.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Comunicação, Criatividade e Cidadania.
Autor(a): José Alexandre Cury Sacomano
Orientador(a): Anna Maria Balogh
Data da defesa: 10/12/2003
Resumo: O presente trabalho busca uma compreensão das relações que unem o fotojornalista, enquanto fonte de informação, com a produção da imagem. Para tanto, uma pesquisa bibliográfica que aborda os elementos da comunicação visual, a fotografia e a teoria de fotojornalismo serviu de base para uma pesquisa de campo, envolvendo fotógrafos profissionais que fizeram seus depoimentos com roteiro baseado na pesquisa teórica.
No trabalho, o autor analisou as relações existentes entre fotografia, fotógrafo e fotojornalismo, chegando a resultados que apontam uma forte inter-relação entre esses elementos. O resultado da pesquisa está explicitado e comentado, assim como suas conclusões estão devidamente apresentadas. As considerações de algumas premissas teóricas do fotojornalismo, sob a ótica do fotógrafo, bem como a definição do papel deste como agente gerador de informação são objetivos do trabalho. O tema justifica-se pela escassez de pesquisas que abordem os vários aspectos do fotojornalismo.
Palavras-chave: Fotografia. Fotógrafo. Fotojornalismo. Imagem. Comunicação.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Forma, Imagem e Corpo.
Autor(a): Adauto Prado Miotto
Orientador(a): Maria Bernadette Cunha de Lyra
Data da defesa: 12/12/2003
Resumo: O estudo mostra: (a) relações entre os conceitos do filósofo alemão Walter Benjamin quanto a um espaço -- um inconsciente que não o psicanalítico -- e quanto a detalhes tornados visíveis por meio da tecnologia; e (b) relações cronológicas do desenvolvimento da tecnologia fotográfica e as dessemelhanças existentes entre os olhares fisiológico e tecnológico.
Os pressupostos do estudo, fundados nos textos do filósofo alemão Walter Benjamin – “A obra de arte na época de suas técnicas de reprodução” e “A pequena história da fotografia”, forneceram os subsídios para a reflexão e a análise contextual do desenvolvimento da tecnologia enquanto desveladora de detalhes e peculiaridades não percebidos pelo olho humano e enquanto objeto do conceito de 'inconsciente tecnológico', que, em sua materialidade, encerra um 'programa', um 'saber' e um 'poder' comparados ao olho humano, apresentando um grau de competência e resolução peculiar e extremamente diversificado. O 'inconsciente tecnológico' é, aqui, evidenciado através de um diálogo estabelecido entre e observação, o registro e a análise subjetiva das diversas materialidades visuais apresentadas, em conformidade com o conceito estudado. À materialidade óptico-mecânica e fotoquímica somam-se o olhar observador, subjetivo e a narrativa: a luz capturada e materializada é, então, desnudada, desvelada nos pequenos detalhes e na (des)semelhança dos diferentes olhares; das diferentes competências, testemunhados pelos ensaios fotográficos do autor.
Palavras-chave: Fotografia. Tecnologia. Inconsciente Tecnológico.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Cultura de Massas e os Meios de Comunicação do Século XXI.
Autor(a): Edmundo Monteiro S. de Almeida
Orientador(a): Antonio Adami
Data da defesa: 15/12/2003
Resumo: Esta pesquisa discorre sobre a imagem da mulher na mídia, especialmente a televisiva. Reflete como a publicidade é capaz de transformar a mulher em seus padrões de beleza, roupas, acessórios, ludicidade e sensualidade. Reforça que é na Televisão que a mulher tem uma grande base referencial do que hoje se chama padrão de moda, beleza, comportamento e liberdade, que a ajudam a evidenciar sua feminilidade e oportunidades frente ao mundo real. Foi através da Televisão que muitas mulheres iniciaram suas carreiras e adquiriram prestígio perante as massas. Este trabalho ainda acentua que a desigualdade midiática da utilização da mulher no Brasil e na mídia global é inegável. Sem grandes contestações, a TV somente acentuou e tornou real um fato já consumado. Avalia possíveis modificações ocorridas na estrutura das mensagens publicitárias que envolvem personagens femininos, tendo como ponto de referência os novos parâmetros introduzidos na linha criativa das campanhas publicitárias de moda, bebidas, carros, alimentos, veiculadas desde o final dos anos 90 até hoje. Nosso objetivo é frisar a relação da mulher e sua sexualidade com a cultura de massa, enfatizando a função apelativa da linguagem publicitária na figura da mulher, que se tornou o principal produto dos comerciais e, por isso, um grande objeto midiático.
Palavras-chave: Sexualidade Feminina na Mídia Televisiva.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Comunicação, Cultura e Memória.
Autor(a): Jethero Cardoso de Miranda
Orientador(a): Haydée Dourado
Data da defesa: 16/12/2003
Resumo: Design na Mídia Impressa é uma dissertação que trata dos adjetivos que agregam qualidade ao produto anunciado nas revistas especializadas de Design de Interiores. Para tal abordagem a revista selecionada é a Casa Cláudia da Editora Abril, por tratar-se do maior segmento da mídia impressa no assunto.
A proposta da presente dissertação é analisar a semântica dos anúncios de produtos conhecidos ou não, que foram anunciados utilizando a palavra design, veiculado durante os anos 90 do século XX.
Para tal desenvolvimento analítico se fez necessário um retorno ao contexto histórico do design industrial e às circunstâncias que permearam sua trajetória nos últimos 150 anos.
Palavras-chave: Comunicação. Mídia Impressa. Design.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Forma Imagem e Corpo.
Autor(a): Dacia Fingerhut Herbest
Orientador(a): Solange Wajnman
Data da defesa: 18/12/2003
Resumo: O objetivo da pesquisa é analisar os elementos de produção do seriado Malhação. Após a análise foram relacionados os aspectos que esses elementos possuem com a finalidade de reforçar o corpo dos personagens, tal como esse fenômeno é visto pela cultura contemporânea.
Palavras-chave: Telenovela. Culto Ao Corpo. Malhação.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Moda, Comunicação e Cultura.
Autor(a): Ana Cristina Nogueira de Carvalho
Orientador(a): Antonio Adami
Data da defesa: 22/12/2003
Resumo: O presente trabalho busca identificar a capacidade comunicativa da embalagem e quais os elementos gráficos que proporcionam a leitura visual de produtos alimentícios para crianças de três a seis anos, público que não é letrado, mas alfabetizado visualmente.
Este estudo foi baseado nos aspectos mercadológicos das embalagens segundo Mestriner (2002); da cor nas artes gráficas, segundo Pedrosa (2002) e Farina (1996); das tendências culturais em determinadas épocas, segundo Canclini (1980). A embalagem foi analisada como meio de comunicação fundamentada em McLuhan (2002). A criança foi estudada em seus aspectos de percepção, segundo as teorias de Arnheim (2002), Gade (1998) e também em seu alfabetismo visual segundo Dondis (1997); além da influência do receptor mirim no conteúdo visual das embalagens, conforme teoria de Martín-Barbero (2001).
A relevância desta pesquisa reside no fato de que os elementos gráficos contidos nas embalagens capacitam este receptor a identificar que o produto é do seu interesse, numa associação resultante de uma experiência vivida e, devido à sua repetição, dá sustentação à leitura visual, segundo Martín-Barbero.
O resultado desta análise aponta que o alfabetismo visual (DONDIS, 1997) está presente no universo estudado no momento da escolha do produto de interesse; o que se torna possível na presença dos elementos visuais gráficos como, principalmente, cores, desenhos e personagens contidos nas embalagens, que são mais bem identificados pelas crianças.
Palavras-chave: Embalagem. Cor. Receptor Infantil. Criança. Comunicação.
Área de Concentração: Comunicação e Cultura Midiática.
Linha de Pesquisa: Configuração de Linguagens e Produtos Audiovisuais na Cultura Midiática.
Grupo de Pesquisa da UNIP cadastrado no CNPq: Comunicação, Cultura e Memória.